“Eu ainda gostaria que pudesse ser completamente normal”.
Victoria De Angelis, baixista do Måneskin, afirmou que seu país natal, a Itália, continua "muito conservador" em relação à homossexualidade. Ela também compartilhou suas experiências pessoais de se sentir desconfortável ao se relacionar com mulheres.
Durante uma recente entrevista, a jovem de 23 anos revelou como foi impactada por suas experiências como uma musicista abertamente queer e como as atitudes tradicionais ainda prevalecem na sociedade.
Originária da Cidade do Vaticano, em Roma, a De Angelis revelou que sua sexualidade despertou interesse desfavorável em seu país natal, fazendo com que ela se sentisse " desconfortável" perante a sociedade. "Me senti fora do lugar e diferente por ser quem sou".
“Lembro-me de quando comecei a namorar garotas, senti as pessoas realmente olhando”, ela admitiu ao The Big Issue (via Music-News). “Essas coisas podem realmente deixá-lo desconfortável, mesmo que não seja um grande problema em comparação com o que outras pessoas enfrentam. Mas eu ainda gostaria que pudesse ser completamente normal.
“Ainda é muito conservador na Itália”, disse ela. “É um país muito católico e muita, muita gente ainda acredita, por isso, que ser homossexual é pecado. Então é por isso que muitas pessoas ainda não conseguem superar isso.
“Mas espero que as gerações mais jovens estejam abrindo mais suas mentes e, mesmo que sejam religiosas, possam aprender a ser mais respeitosas e tolerantes com as pessoas que apenas têm sua própria sexualidade. Acho que é um passo que está começando agora na Itália, mas ainda vai precisar de tempo.”
Ela passou a explicar como Måneskin se esforça para criar um ambiente seguro e aceitável para seus fãs, independentemente de sua identidade de gênero ou sexualidade.
“Nós somos sobre liberdade. Então, realmente gostaríamos de viver em um mundo mais respeitoso, onde todos possam estar seguros e serem quem são, sem ter que lidar com racismo, homofobia, misoginia ou violência de qualquer tipo”, explicou ela.
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