U2 prepara novo álbum com espírito das origens e “guitarras estridentes”

The Edge fala em coesão, risco e diversão — e fãs já esperam uma nova era da banda irlandesa

O U2 está afiando os instrumentos e acendendo o fogo criativo para o que promete ser seu próximo grande capítulo. Em entrevista recente ao canal U2-X Radio, da SiriusXM, o guitarrista The Edge revelou que a banda está mergulhada em sessões ao redor do mundo ao lado do produtor Jacknife Lee — velho conhecido dos fãs por seu trabalho em Songs of Experience (2017).

“Estamos nos divertindo muito”, afirmou The Edge, antes de entregar que o grupo está em plena fase de criação e seleção de faixas. “Ainda é cedo para dizer o que é, mas estamos fazendo um grande progresso.”

Mais do que um punhado de canções, o U2 parece estar buscando um novo corpo sonoro com identidade e propósito. “Queremos que esta seja uma coleção realmente coesa”, disse o guitarrista, indicando que o disco deve seguir um “tema subjacente” que guiará a obra como um todo. Um álbum com unidade estética, mas que não tem medo de experimentar.

Ainda que a banda explore novas possibilidades, há algo sagrado que se preserva: a química única entre Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. — mesmo que Larry esteja afastado temporariamente das apresentações. “Quando tocamos juntos, há uma certa coisa do U2 que acontece”, definiu o guitarrista. E essa “coisa” talvez seja o segredo por trás de quatro décadas de relevância.

No ano passado, The Edge já havia dado pistas de que esse novo álbum poderia marcar um retorno à veia crua e elétrica do começo. Ele prometeu “guitarras estridentes” e “músicas malucas”, o que reacendeu nos fãs a expectativa de um U2 mais visceral, menos polido — mais Boy e War, menos Songs of Innocence.

Ainda não há título, data ou conceito fechados. Mas a fagulha está acesa. E se vier mesmo com barulho, risco e coesão, o novo trabalho do U2 pode ser o que muita gente está esperando: uma nova declaração de identidade de uma das maiores bandas de todos os tempos.