O ilustre compositor tocou no Quarteto Novo, com Hermeto Paschoal, acompanhou Edu Lobo em “Ponteio” sendo gravado por Elis Regina.
O compositor, cantor, violonista e arranjador Theo de Barros faleceu na madrugada desta terça-feira (14), em São Paulo. Ele tinha 80 anos. A família não revelou ainda a causa da morte. Ele deixa sua esposa, Nena Barros, e dois filhos para trás.
Theo de Barros ganhou notoriedade por composições como "Disparada", criada em conjunto com Geraldo Vandré e que foi a grande vencedora do II Festival de Música Popular Brasileira, em 1966, junto com “A banda”, de Chico Buarque. "Menino das laranjas" é uma das suas músicas, que Elis Regina cantou no ano seguinte.
Ricardo Barros, filho do compositor que cuidava da carreira musical dele, foi quem anunciou a morte do músico. O velório deve começar na manhã de quinta (16).
Theo de Barros, filho de um radialista e uma cantora, começou a compor ainda quando criança. Aos treze anos, compôs o samba "Saudade pequenina", a sua primeira canção. No final dos anos cinquenta, tocava baixo e acompanhava César Camargo Mariano, Flavinho e Escalante nas apresentações noturnas na Boate Lancaster, em São Paulo. Junto com Heraldo do Monte, Airto Moreira e Hermeto Pascoal, formou o Quarteto Novo, que lançou um único disco em 1967. Além disso, acompanhou Edu Lobo e Marília Medalha no ano de 1967, durante a apresentação de “Ponteio”, música que ganhou o III Festival de Música Popular Brasileira.
Theo de Barros foi o responsável pelas trilhas sonoras de espetáculos como "Arena conta Tiradentes", "Arena Conta Zumbi" e "Arena Conta Bolivar", do autor de peças Augusto Boal. Ele também compôs trilhas sonoras para filmes, novelas e jingles publicitários.
Ele gravou seis discos solo. Em 2017, foi o vencedor do 29º Prêmio da Música Brasileira na categoria de melhor disco pelo "Tatanagüê", seu penúltimo álbum.
A despedida e o enterro do músico serão realizados nesta quinta-feira (16), no Cemitério do Araçá, na capital paulista.
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