16 de mai. de 20232 min de leitura

Switch comprova o Dream Pop texturizado e bem executado do Magic Wands

Magic Wands é aquele grupo que faz questão de reunir num único lugar um cenário musical enérgico, etéreo e texturizado.

Quando se pensa na música feita em Nashville, logo nos vem à mente o gênero Country. Mas, é de lá que surgiu o Magic Wands formado por Chris Valentine (vocais, guitarras), Dexy Valentine (vocais, guitarra e teclado) e Pablo Amador (bateria). Fugindo do tradicionalismo musical do lugar, o grupo optou por seguir a sonoridade Dream Pop, Pós-Punk Revival e New Wave.

O trio surgiu em 2007, de forma bem tímida, ainda sem encontrar uma gravadora fixa, lançando esparsos EP’s. Foi em 2012 que o début Aloha Moon seria lançado despertando a atenção de crítica e ouvintes. Neste mesmo ano, a banda teve o privilégio de abrir os shows do The Jesus And Mary Chain.

Três anos depois, Jupiter, o segundo álbum, seria lançado. A maturidade e o reconhecimento começaram a chegar e dessa forma o grupo participou de festivais renomados como Lollapalooza e SXSW.

Em 40 minutos e com 12 faixas, Switch, o novo disco, deixa transparecer variadas inspirações, influências e similaridades. The Raveonettes, The Big Pink e Still Corners são algumas delas. Nem o Blondie fica de fora e na faixa ‘Starbreeze’ é fácil identificar a forte herança do grupo de Debbie Harry na sonoridade do trio.

Magic Wands é aquele grupo que faz questão de reunir num único lugar um cenário musical enérgico, etéreo e texturizado. A voz marcante de Dexy Valentine junto a camadas de instrumentos garantem o sucesso de faixas como ‘Daylight’ e ‘Falling Trees’.

As melodias ágeis de ‘Time’ e ‘Further Away’ evidenciam bastante o trabalho das guitarras (lembrando que são dois guitarristas no trio). Ou então, o instrumento segue por um viés dedilhado e que também se encaixa na proposta do grupo, a exemplo de ‘Candle Sea’.

As linhas de baixo acentuadas que antecipam as batidas cativantes de ‘Joy’ e ‘Switch’ também conferem uma característica forte do disco. Ainda há espaço para as melodias sombrias de ‘Sea Glass’ e ‘Whispers’.

Magic Wands segue por uma interessante trajetória musical e faz de Switch um disco obrigatório para quem, sobretudo, deseja se iniciar na sonoridade do grupo.