O ano de 2021- vai se consolidando positivamente em relação à música com grandes discos lançados e quem marcou sua presença foi Sting. Recém completados 70 anos ele lançou semana passada (dia 19 de novembro) 'The Bridge' no mesmo dia em que foi lançado o ótimo '30' da Adele. O eterno líder do The Police apresentou um trabalho eclético, repleto de muita sensibilidade e memória. Uma viagem por dentro dos nossos mais singelos sentimentos e pensamentos. Emanado de um ecletismo impressionante e canções Pop, irreverentes, o novo trabalho deixa aquela pergunta no ar que muitos querem saber a resposta seria 'The Bridge' o melhor disco dele desde “Brand New Day” e '...All This Time'?
Para começar é preciso entender que esse foi um disco feito inteiramente de forma remota, por conta da pandemia da Covid-19, com músicos de vários lugares do mundo. Isso trouxe uma atmosfera intimista e sentimentalista para as canções, pois, nele percebemos a voz intacta de Sting. Seu poderoso baixo, cheio de juventude, como se estivesse fazendo música nos anos 80, 90 ou 2000, com muita originalidade, com aquele frescor de atemporalidade, munido de uma exuberante elegância e maestria.
As composições desse disco apresenta temas pessoais como perdas e superações, além do ânimo com a volta dos shows para mostrar esperança sem perder a alegria da vida com suas memórias e emoções.
Sobre as músicas, destaco “Rushing Water”, entraria perfeitamente em um disco do The Police, remete muito aos hits “Roxanne”, “Message In A Bottle” e “Every Breath You Take”, com aquele alto astral que acaba revertendo em ritmos calmos, “If It’s Love” uma canção romântica cheia de suingue e assobios, “Loving You" um rock com batidas da música eletrônica e ska, lembra o sucesso pop e tranquilo “Fields Of Gold”, “The Bridge” tem seu potencial marcado pelos vocais de Sting e pela levada acústica, “Captain Bateman's Basement”, com seu clima atmosférico e jazzístico, se torna inesquecível. “Every Little Thing She Does Is Magic” e “The Hills on the Border”, são músicas mais sinfônicas, embaladas por violões, violinos e acordeons, enquanto “The Bells of St. Thomas”, constrói sua base em notas harmônicas de piano, violão e sino.
Acompanho o Sting há muitos anos, com os trabalhos dentro do The Police, e posso afirmar que ele continua relevante e eclético, algo que já vinha se consolidando em discos como 'Brand New Day' e '...All This Time', mas diferente dos outros dois discos citados, temos em 'The Bridge' um trabalho muito mais sensível e isso me impactou desde a primeira audição. Um grande álbum nesse finalzinho de 2021.
FICHA TÉCNICA:
Álbum: The Bridge
Artista: Sting
Gênero: Rock, Pop, Jazz
Ano de lançamento: 2021
Ouça: "Rushing Water", "If it’s Love", "The Hills on the Border" e "The Bells of St. Thomas".
OUÇA O DISCO NO SPOTIFY:
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Alexandre Tiago
Redator
"Um rapaz latino-americano que é um sonhador, que ama futebol, apaixonado pela arte, formado em Direito, é um defensor da democracia e coleciona desde CDs e livros, até as memórias que a vida oferece."
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