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Foto do escritorEduardo Salvalaio

Soft Power reforça as melodias cativantes e criativas regadas pelo ecletismo do Fazerdaze

O disco saiu com os méritos e o aval da gravadora independente Flying Nun, uma das mais importantes da Nova Zelândia



Fazerdaze é o projeto musical da cantora e compositora neozelandesa Amelia Murray. A trajetória da artista não aconteceu de forma rápida e fácil. Murray, ainda nos tempos de faculdade em Auckland, fez parte de algumas bandas de amigos, entretanto, não conseguiu emplacar uma participação definitiva e a favor de sua forma de compor.  

 

A ideia então foi partir para alguns shows e festivais pela cidade junto a músicos auxiliares locais, a exemplo de Mark Perkins que ficava a cargo da guitarra e dos sintetizadores. Após alguns anos, com maturidade e experiência acumuladas, a cantora sentiu que era hora de lançar um disco solo. E ele saiu, o début “Morningside” chegou em 2017. Detalhe que a maioria dos instrumentos do álbum são tocados pela própria artista.

 

O disco saiu com os méritos e o aval da gravadora independente Flying Nun, uma das mais importantes da Nova Zelândia. Apesar dessa determinação, o próximo trabalho foi sair 5 anos depois, um EP intitulado “Break!”. O segundo álbum, Soft Power, saiu na metade de Novembro e agora por outra gravadora, a Partisan Records.

 


Não abraçar um único gênero específico e trafegar por distintas paisagens sonoras, que englobam desde Dream Pop até Synth Pop. Normal para uma cantora que já disse em entrevista ter sofrido influência de vários grupos e épocas. As 11 faixas do novo álbum garantem um passeio eclético do qual o ouvinte não pretende se desligar e faz questão de repetir.

 

Partindo para vocais sussurrados e pegando carona numa sonoridade próxima do Shoegaze, ‘Bigger’ dá ênfase num instrumental maciço. Sintetizadores climáticos e batidas eletrônicas guiam a melodia de ‘A Thousand Years’. O contorno mais funkeado de ‘Dancing Years’ garante uma faixa bem dançante.

 

‘Cherry Pie’ com sua melodias cativante e grudenta embalada por uma atmosfera 80’s nos leva a crer que OMD foi certamente uma das influências para a artista. ‘In Blue’ funde motorik beat, sintetizadores e a voz de Murray disposta criativamente em camadas. ‘Sleeper’ e ‘City Glitter’ desligam as batidas, priorizando o belo dedilhado de guitarra acústica e vocais etéreos.



Muito das letras do Fazerdace trazem um reflexo da própria vida de Amelia. Algumas falam de amadurecer, de tropeçar e seguir adiante, de contornar momentos escuros e solitários de nossas vidas. Em Soft Power ela consegue passar o recado e deixa aquela promessa de que muito ainda está por chegar.

 

Soft Power 

Fazerdaze


Ano: 2024

Gênero: Dream Pop, Shoegaze, Synth Pop

Ouça:  ‘A Thousand Years’, ‘Cherry Pie’, ‘Bigger’ 

Pra quem curte: Being Dead, Boygenius

Humor: Introspectivo, Sonhador, Sofisticado


 

NOTA DO CRÍTICO: 7,5

 

Veja o vídeo oficial de ‘A Thousand Years’:


 


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