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Sete álbuns icônicos de mulheres que mudaram a música

Foto do escritor: Marcello AlmeidaMarcello Almeida


 “Jesus died for somebody’s sins but not mine”

Patti Smith, Janis Joplin e PJ Harvey
Imagem: Montagem

No rock, no underground, na cena indie, as mulheres sempre estiveram lá. Quebrando barreiras, desafiando padrões, compondo hinos de rebeldia, vulnerabilidade e identidade. Neste 8 de março, relembramos sete álbuns que marcaram gerações, assinados por artistas que mudaram o jogo.


  1. Patti Smith – Horses (1975)

Imagem: Reprodução
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O rock nunca mais foi o mesmo depois que Patti Smith pisou no estúdio e gravou Horses. A capa, com seu olhar intenso e terno jogado no ombro, já indicava que algo grande estava por vir. E veio. Do verso icônico “Jesus died for somebody’s sins but not mine”, que abre Gloria, até a visceral Land, Patti misturou poesia, punk e atitude em um disco que ressoa até hoje.


Horses não é só um álbum; é um manifesto.


  1. PJ Harvey – Stories from the City, Stories from the Sea (2000)

Imagem: Reprodução
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Se na década de 90 PJ Harvey construiu uma reputação com discos intensos e viscerais, no ano 2000 ela entregou uma obra-prima de maturidade e ambição. Stories from the City, Stories from the Sea equilibra a urgência do rock alternativo com momentos de beleza melancólica.


Faixas como Good Fortune e A Place Called Home capturam a energia vibrante de Nova York, enquanto This Mess We’re In, com Thom Yorke, é pura poesia urbana. O álbum rendeu a PJ seu primeiro Mercury Prize e segue como um dos grandes registros do indie rock.



  1. Sleater-Kinney – Dig Me Out (1997)

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No meio da cena riot grrrl, o Sleater-Kinney surgiu como um dos nomes mais consistentes do rock alternativo. Dig Me Out trouxe guitarras afiadas, letras explosivas e a química absurda entre Corin Tucker e Carrie Brownstein. Faixas como One More Hour e Words and Guitar são pura energia.


Esse disco não só ajudou a moldar o indie rock dos anos 2000, como provou que o punk tinha, sim, espaço para mulheres que não pediam permissão.





  1. Fiona Apple – When the Pawn… (1999)

Imagem: Reprodução
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O título completo do álbum tem 90 palavras, mas o impacto dele vai muito além disso. Depois do sucesso de Tidal, Fiona Apple mergulhou em letras confessionais e arranjos sofisticados. Fast as You Can mistura jazz e trip hop, Paper Bag é melancólica e hipnotizante.


A força da voz de Fiona, sua entrega emocional e suas letras afiadas fazem desse um dos discos mais autênticos e intensos dos anos 90.




  1. Yeah Yeah Yeahs – Fever to Tell (2003)

Imagem: Reprodução
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Karen O surgiu no início dos anos 2000 como um furacão. Uma rockstar nata, misturando garage rock, punk e teatralidade. Fever to Tell tem explosões como Date with the Night, mas também traz a vulnerabilidade de Maps, um dos maiores hinos indie da época.


O Yeah Yeah Yeahs ajudou a definir o som do underground nova-iorquino, e Karen O provou que podia ser feroz e emocional ao mesmo tempo.





  1. Bikini Kill – Pussy Whipped (1993)

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Se havia um disco que encapsulava a fúria e a essência do movimento riot grrrl, era Pussy Whipped. Kathleen Hanna e companhia despejaram 26 minutos de punk cru, letras feministas afiadas e gritos de resistência. Rebel Girl virou um hino, e faixas como Suck My Left One mostravam que o Bikini Kill não tinha medo de confrontar o sexismo de frente.


Esse álbum não só deu voz a uma geração, mas também influenciou inúmeras mulheres no rock.




  1. Janis Joplin – Pearl (1971)

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Janis Joplin foi uma força da natureza. Com sua voz rasgada, carregada de emoção, ela se tornou um dos maiores ícones do rock. Pearl, lançado pouco após sua morte, capturou sua essência em sua forma mais pura. “Me and Bobby McGee” tornou-se um hino imortal, enquanto faixas como “Cry Baby” e “Mercedes Benz” mostravam tanto sua intensidade quanto seu lado irreverente.


Janis não era apenas uma cantora; era uma alma livre, e Pearl é seu testamento definitivo.





Esses álbuns não são apenas grandes discos; são marcos de resistência, criatividade e revolução. Cada uma dessas mulheres redefiniu o que significava estar no palco, segurar uma guitarra, escrever sobre sua própria experiência.


No 8 de março, lembramos não apenas dessas obras, mas do impacto de todas as mulheres que transformaram a música – e continuam transformando.

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