Aqui estão sete nomes indispensáveis nessa história

A música brasileira foi moldada por vozes e mentes brilhantes que desafiaram padrões, abriram caminhos e deixaram legados imortais. Entre elas, mulheres que enfrentaram o conservadorismo, reinventaram estilos e ajudaram a definir a identidade sonora do país. Aqui estão sete nomes indispensáveis nessa história.
Chiquinha Gonzaga – A precursora

Em uma época em que mulher era criada para casar e obedecer, Chiquinha Gonzaga (1847-1935) ousou tomar as rédeas do próprio destino. Primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, compositora de mão cheia e pioneira do chorinho, ela quebrou barreiras em pleno século XIX. Seu hino “Ó Abre Alas” é a trilha sonora eterna do Carnaval, mas sua importância vai muito além: Chiquinha abriu alas para toda uma geração de mulheres na música.
Nara Leão – A musa inquieta

Nara Leão (1942-1989) poderia ter sido só a “musa da Bossa Nova”, mas escolheu ser muito mais. De origem privilegiada, cresceu cercada pelos maiores nomes do movimento, mas não hesitou em questioná-lo e seguir seu próprio caminho. Nos anos 60, mergulhou na música de protesto, abraçou o samba de morro e gravou discos fundamentais, como Opinião (1964).
Sua voz doce escondia uma personalidade forte, que nunca se acomodou a rótulos.
Angela Maria – A estrela da era do rádio

Angela Maria (1929-2018) foi uma das maiores cantoras do Brasil nos anos dourados da era do rádio. Com sua voz potente e interpretação carregada de emoção, conquistou o público e se tornou um fenômeno popular.
Sucessos como Babalu e Gente Humilde marcaram gerações e ajudaram a definir o estilo romântico que dominou a música brasileira nas décadas seguintes.
Vanusa – A transgressora

Vanusa (1947-2020) desafiou as convenções da música brasileira nos anos 70. Em uma época de MPB sofisticada e samba tradicional, ela abraçou o rock e a música pop, criando um som moderno e ousado.
Sucessos como Manhãs de Setembro mostraram sua força vocal e sensibilidade artística. Sua trajetória foi marcada por altos e baixos, mas sua contribuição para a música brasileira permanece incontestável.
Dona Ivone Lara – A dama do samba

Dona Ivone Lara (1922-2018) não foi só uma grande cantora – foi uma das maiores compositoras do samba. Em um tempo em que mulheres não assinavam sambas, ela quebrou barreiras e fez história com canções como Sonho Meu, Alguém Me Avisou e Acreditar.
Com uma carreira iniciada tardiamente, depois de anos trabalhando como enfermeira, ela provou que talento não tem prazo de validade e que a resistência sempre encontra seu caminho.
Roberta Miranda – A rainha da música sertaneja

Quando o sertanejo ainda era um universo dominado por homens, Roberta Miranda (1956) chegou para mudar as regras do jogo. Dona de uma voz poderosa e de um talento único para compor, ela abriu portas para toda uma geração de cantoras sertanejas que vieram depois. Sucessos como Majestade, o Sabiá e Vá com Deus marcaram a música brasileira e fizeram dela um ícone do gênero.
Iza – O novo poder feminino na música brasileira

Iza (1990) é a prova de que a nova geração também tem suas grandes vozes femininas. Com um timbre marcante e uma presença de palco arrebatadora, ela conquistou espaço no pop nacional sem abrir mão de suas raízes negras e de seu discurso empoderado.
Sucessos como Dona de Mim e Pesadão fizeram dela uma das artistas mais importantes da atualidade, unindo R&B, pop e música brasileira com uma identidade única.
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