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Roger Waters é condenado por difamação após declarações contra jornalista

Foto do escritor: Marcello AlmeidaMarcello Almeida


A decisão foi proferida pela juíza Jennifer Eady, que destacou a natureza difamatória das alegações do artista

Roger Waters
Imagem: Divulgação

A trajetória de Roger Waters, ex-baixista do Pink Floyd, ganha mais um capítulo polêmico. Nesta quarta-feira (26), o músico foi condenado por difamação após atacar publicamente o jornalista e cineasta John Ware, responsável pelo documentário The Dark Side of Roger Waters (2023). A decisão foi proferida pela juíza Jennifer Eady, que destacou a natureza difamatória das alegações do artista.


O documentário de Ware reúne depoimentos de ex-colegas de Waters, incluindo o renomado produtor Bob Ezrin (The Wall, 1979), que relatam episódios nos quais o músico teria proferido comentários antissemitas e até se recusado a consumir "comida de judeu". Em resposta à obra, Waters acusou o jornalista de manipulação e o classificou como "porta-voz sionista" que "incita o genocídio contra os palestinos".


A juíza, ao proferir a sentença, enfatizou que Waters ultrapassou os limites da opinião e apresentou suas declarações como fatos, o que caracteriza difamação:



"Embora eu pudesse aceitar que a referência do réu [Roger Waters] a um ‘genocídio’ expressa a sua opinião sobre o resultado das ações das forças de Israel em Gaza, ele afirmou que o requerente [John Ware] apoiou ativamente esse ‘genocídio’, como se fosse um fato, […] o que é difamatório perante a Justiça comum.”


A condenação soma-se a uma sequência de controvérsias políticas envolvendo o músico. Em 2023, Waters foi desligado da BMG, sua gravadora de longa data, após comentários controversos sobre a guerra na Ucrânia, onde afirmou que o país “deu motivos” para a invasão russa.


Recentemente, suas falas sobre o conflito entre Israel e Palestina também foram alvo de críticas, inclusive de seu ex-colega de banda, David Gilmour. O guitarrista do Pink Floyd declarou que evita qualquer contato com Waters por considerá-lo simpatizante de regimes autoritários como os de Vladimir Putin e Nicolás Maduro.


Mesmo diante das polêmicas, Roger Waters segue em atividade e trouxe ao Brasil, no ano passado, a turnê This Is Not a Drill. A condenação, no entanto, pode intensificar o desgaste de sua imagem pública.



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