Roger Waters discursa na ONU e critica líderes ocidentais sobre guerra na Ucrânia
- Marcello Almeida
- 20 de fev.
- 2 min de leitura
“Eu posso ser apenas um músico, mas estou aqui para falar sobre guerra, paz e amor"

O ex-baixista do Pink Floyd, Roger Waters, voltou ao centro do debate político internacional ao discursar virtualmente no Conselho de Segurança da ONU, em uma reunião realizada esta semana em Nova York sobre a guerra na Ucrânia. Aos 81 anos, o músico fez um apelo pela paz e responsabilizou líderes ocidentais pelo prolongamento do conflito.
Com uma bandeira da Palestina presa à lapela, Waters iniciou sua fala ironizando os questionamentos sobre sua legitimidade para discutir política internacional: “Eu posso ser apenas um músico, mas estou aqui para falar sobre guerra, paz e amor, e minhas credenciais são essas”.
Waters condenou a invasão russa, mas argumentou que o conflito poderia ter sido evitado por meio da diplomacia. Em um momento polêmico, o músico acusou o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson de bloquear negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e de apostar na escalada da guerra.
Além disso, surpreendeu ao elogiar Donald Trump e Vladimir Putin, dizendo que ambos estariam iniciando “negociações de bom senso” para encerrar o conflito. Apesar das declarações controversas, Waters expressou esperança: “Talvez haja um vislumbre de luz no final deste túnel escuro de guerra”, enfatizando que a paz deve ser prioridade para os líderes globais.
Comentário sobre a Palestina
Embora seu discurso tenha sido focado na Ucrânia, Waters fez um breve comentário sobre a Palestina, tema pelo qual sempre se posicionou: “A Palestina não é realmente uma guerra, é? Não me façam falar sobre isso”, declarou, reforçando seu apoio à causa palestina.
A fala de Roger Waters gerou reações mistas, dividindo opiniões entre aqueles que veem o músico como um ativista comprometido e os que criticam suas posições políticas controversas.
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