Pulp anuncia ‘More’, primeiro álbum em 24 anos, com single que homenageia o auge do Britpop
- Marcello Almeida
- há 3 dias
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Disco chega em junho e marca o retorno definitivo da banda de Jarvis Cocker, celebrando passado, luto e renascimento criativo

Demorou quase um quarto de século, mas o Pulp está de volta com seu primeiro álbum de estúdio desde We Love Life, de 2001. Intitulado More, o novo trabalho chega no dia 6 de junho, embalado por um reencontro com os palcos, um novo contrato com a Rough Trade e a nostalgia viva de quem ajudou a definir o Britpop.
Junto ao anúncio do álbum, a banda liderada por Jarvis Cocker liberou o single Spike Island, uma faixa que soa como indie pop refinado com sintetizadores e uma carga emocional densa. A música homenageia o mítico show do The Stone Roses em 1990, em Cheshire, evento que antecipou toda a onda que o Pulp, anos depois, ajudaria a consolidar.
“Morto no meio do caminho / Eu estava caminhando para o desastre, então voltei. O universo deu de ombros, deu de ombros e seguiu em frente”, canta Cocker, como quem encara a vida depois de tempos de silêncio, perdas e reinvenções.
Gravado e mixado no Orbb Studio, em Walthamstow, com produção de James Ford, More carrega também uma ausência sentida: o disco é dedicado à memória do baixista Steve Mackay, falecido em 2023. Apesar do luto, a banda descreveu a gravação como algo rápido, urgente e necessário.
“[Tocar ao vivo] teve uma grande influência nisso – tocamos e as músicas voltaram à vida”, contou Jarvis em entrevista à BBC 6 Music. “Tocamos uma música nova perto do final da turnê e ninguém jogou nada na gente ou saiu para ir ao bar.”
“Nós optamos por fazer isso rápido… ele queria sair.”
Depois de terem se reunido em 2023 para uma série de shows — os primeiros desde 2012 — e de provocarem os fãs com músicas inéditas nos setlists (Farmer’s Market, My Sex, A Sunset), o Pulp agora sela seu retorno de forma definitiva.
Com More, o Britpop ganha um novo capítulo — menos movido a hinos de pista, mais carregado de tempo e reflexão. Mas ainda assim, com aquela mesma voz irônica, poética e sagaz que transformou o Pulp em lenda.
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