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Foto do escritorMarcello Almeida

Primal Scream lança 'Come Ahead', álbum que mistura funk e protesto com a energia punk de sempre

O 11º álbum do Primal Scream, 'Come Ahead', combina a euforia dançante do funk com letras carregadas de crítica social, oferecendo uma jornada sonora que abraça o espírito de resistência e a inquietude política.

Bobby Gillespie de Primal Scream, 2024.
Bobby Gillespie de Primal Scream, 2024. CRÉDITO: Adam Peter Johnson


No aguardado Come Ahead, Primal Scream volta com uma explosão de energia que mistura elementos de funk e eletrônica, com a ousadia que marca a banda desde os tempos de XTRMNTR. A faixa de abertura, Ready To Go Home, já define o tom, enquanto Bobby Gillespie evoca imagens espirituais e sociais de uma era livre de vergonha e culpa. Sob a produção do DJ Don e do especialista em trilhas sonoras David Holmes, o álbum traz também uma homenagem pessoal na capa: uma foto de Robert Gillespie Senior, pai de Bobby e ativista social.



O álbum apresenta faixas como Love Insurrection, que critica as crises sociais e políticas atuais, lembrando a urgência dos tempos de Marvin Gaye. Já em Innocent Money, o Scream mistura o ritmo de protesto com a vibração de uma pista de dança, atacando a desigualdade no Reino Unido com intensidade. Outras canções, como False Flags e Settlers Blues, abordam temas mais profundos como guerras injustas e os impactos do colonialismo, revelando o tom sério e ao mesmo tempo espirituoso que permeia o disco.



Apesar de algumas faixas mais arrastadas, como Heal Yourself e Melancholy Man, o álbum traz o Primal Scream em plena forma, combinando mensagens de resistência com uma musicalidade vibrante e dançante.



Come Ahead é, no fim, uma declaração de protesto e energia, que convida os ouvintes a refletirem e, quem sabe, a dançarem por dias melhores.



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