top of page

Paul Schrader, roteirista de Taxi Driver, é acusado de agressão sexual por ex-assistente

A denúncia foi registrada em uma ação civil apresentada na Suprema Corte do Estado de Nova York, na quinta-feira (3)

Paul Schrader
CRÉDITO: Dia Dipasupil/Getty Images

O cineasta e roteirista Paul Schrader, conhecido por obras como Taxi Driver e American Gigolo, está sendo acusado de assédio e agressão sexual por sua ex-assistente pessoal. A denúncia foi registrada em uma ação civil apresentada na Suprema Corte do Estado de Nova York, na quinta-feira (3).



De acordo com os documentos judiciais obtidos pelo The Independent, a mulher — identificada como Jane Doe, de 26 anos — alega ter sido vítima de abusos contínuos entre maio de 2021 e setembro de 2024, período em que trabalhou com Schrader.


A ação afirma que o diretor de 78 anos “usou sua posição de poder sobre a Sra. Doe para agredi-la sexualmente, atraindo-a para um quarto de hotel e agarrando-a e beijando-a à força, apesar de seus protestos verbais”. Ainda segundo a moção, “três dias depois, ele forçou a Sra. Doe a entrar em seu quarto de hotel, sob o pretexto de fazer as malas para ele, e expôs seu pênis para ela.”


Os documentos alegam ainda que Schrader submeteu a assistente a um “ambiente sexualmente hostil, intimidador e humilhante diariamente, se não a cada hora”, com uma “enxurrada” de assédio que incluiu “exposição forçada de seus órgãos genitais, investidas sexuais indesejadas, professando repetidamente seu amor e desejo de tocá-la (tanto verbalmente quanto por meio de vários e-mails) e perguntas sexuais inapropriadas quase constantes e comentários obscenos e misóginos.”


Durante o Festival de Cannes de 2023, quando lançava seu filme Oh, Canada, Schrader teria exigido que Doe fosse ao seu quarto de hotel, onde, segundo o relato, “prendeu-a lá dentro, agarrou seus braços e empurrou seu rosto no dela para beijá-la contra sua vontade, e então a conteve ainda mais em um esforço para mantê-la no quarto antes que ela conseguisse se libertar e fugir.”


Três dias depois, Doe afirma que voltou ao quarto do cineasta após receber “mensagens furiosas”, nas quais Schrader dizia que estava “morrendo”. Ao chegar, ele estaria “vestindo nada além de um roupão aberto com seu p3n1s totalmente exposto”, e teria dito: “Estou tão suado. Eu suei através dos lençóis. Sinta como eles estão molhados.”



Segundo a denúncia, Schrader teria enviado um e-mail reconhecendo o desconforto de Doe, escrevendo: “Eu sinto que você recua toda vez que tenho o impulso de tocá-la.” Mais tarde, após a recusa dela em ceder às investidas, ele a teria demitido e enviado outro e-mail dizendo: “Então eu estraguei tudo. Grande momento… Se eu me tornei um Harvey Weinstein na sua mente, então é claro que você não tem escolha a não ser me colocar no espelho retrovisor.”


O advogado de Schrader, Philip Kessler, declarou ao The Independent que “isso me parece uma reivindicação desesperada, frívola e oportunista”, e afirmou que o cineasta “nunca fez sexo de nenhuma forma com a autora, nem tentou tal coisa.”




Já a advogada de Doe, Menaka Fernando, disse que sua cliente “está simplesmente tentando fazer cumprir o acordo entre as partes para resolver suas alegações de assédio sexual e agressão sexual.”


A equipe jurídica de Schrader informou que vai se defender “vigorosamente”. Até o momento, não há comentários públicos do cineasta em suas redes sociais.

Comments


bottom of page