No álbum 'Chromakopia', Tyler, The Creator navega entre diferentes sonoridades e temas complexos, com um alter ego vibrante inspirado em The Phantom Tollbooth. Embora o conceito de cor e orquestra não se concretize por completo, o disco reflete o conflito psicológico do artista e revela amadurecimento lírico e pessoal
O lançamento de Chromakopia, novo álbum de Tyler, The Creator, deixou claro que o rapper e produtor de Los Angeles está explorando novas facetas de seu trabalho criativo. Inspirado no universo de The Phantom Tollbooth, com referências ao personagem Chroma The Great, o disco cria expectativas de um mundo colorido que Tyler transforma em um cenário de caos sonoro e psicológico, onde as temáticas de ansiedade, amadurecimento e monogamia estão no centro.
Musicalmente, Chromakopia abre com sintetizadores industriais, seguido por uma mistura de rap-rock e hip-hop suave, demonstrando a versatilidade de Tyler. Em faixas como "Hey Jane" e "Darling, I", ele aborda dilemas pessoais e amadurecimento, enquanto "Noid" explora a paranoia e o impacto do escrutínio público.
A inclusão de gravações da mãe de Tyler oferece um pano de fundo para suas inibições e desconfianças, reforçando temas como o medo de compromissos e o receio em confiar nos outros.
Apesar da ousadia e de momentos líricos marcantes, o conceito do álbum de um mundo "colorido" acaba diluído, tornando o resultado mais desordenado do que envolvente.
Ainda assim, Chromakopia se destaca ao capturar a complexidade de Tyler em transição, trazendo caos e beleza, mesmo que com uma execução um tanto frenética.
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