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Mystic Gate nos leva a salas repletas de inimigos e armadilhas num jogo cativante e desafiante

Mystic Gate é um jogo indicado para quem viveu os dias gloriosos dos fliperamas

Muito do que é produzido hoje em dia, embora não apresente gráficos modernos e avançados, consegue cativar de primeira muitos jogadores, sobretudo os saudosos e nostálgicos. Uma das características essenciais desses jogos é conseguir capturar o espírito dos arcades.

Jogos cheios de ação e adrenalina que infestavam os fliperamas e que deixavam os jogadores com os bolsos cheios de moedas para terminá-los. A cada fase alcançada, comemoração de quem estava jogando ou mesmo de quem estava assistindo ao redor.

Dessa forma acontece com Mystic Gate (2023), produzido pela Zoo Corporation e desenvolvido pela famosa Eastasiasoft Limited. Jogo fácil de aprender nos primeiros minutos, com uma mecânica fluida e fugindo da complexidade. É desafiante, feito pensando numa esquema de Bullet Hell (com projéteis em todos os lados da tela), porém nunca frustrante.

O jogo possui gráficos em arte pixel top-down, ou seja, o jogador tem a visão e o controle de tudo de cima pra baixo. O sistema de combate utiliza o twin-stick shooter, sendo assim, o analógico do joystick movimenta nosso personagem, o outro faz a trajetória dos projeteis das armas. Para atirar basta deixar um botão apertado. Ao apertar outro botão, o salvador dash (ou corrida), essencial nesse tipo de jogo, garante aquela esquiva básica para escapar de inimigos nos cercando.

Mystic Gate tem 5 trials que precisam ser completados do início ao fim. Cada trial é composto de salas geradas aleatoriamente a cada nova partida repletas de inimigos (herança do roguelike). Objetivo é encontrar chaves para abrir a última sala que dá direito a um chefe (que também pode variar em cada partida). Chefe derrotado, avançamos a outro trial.

Como não poderia deixar de ser, espere por muitas mortes. Além das criaturas em nosso alcance, armadilhas e fossos estão por toda parte. Então, muito cuidado onde o jogador pisa. A cada novo trial, a dificuldade aumenta. Entretanto, encontrar armas novas e de maior poder é essencial para sobreviver por mais tempo. Infelizmente, muitas vezes o jogador vai precisar de sorte, pois a partida gerada naquela ocasião pode não trazer itens tão bons.

Vendedores estão espalhados pelas masmorras. Mas é preciso ter coletado algumas moedas. Então, nada melhor que vasculhar cada canto. Baús com armas especiais ou mesmo gemas também podem ser abertos, garantindo aquela felicidade na cara do jogador dependendo do que ele pode encontrar.

Citando as gemas, elas garantem acesso a habilidades. Podem ser adquiridas passando pelas masmorras ou cumprindo tarefas (como matar determinados inimigos ou coletar um número específico de armas). Tais habilidades podem ser ativas ou passivas. Cabe ao jogador escolher as melhores dentro de sua forma de jogar e da dificuldade que está sentindo.

Infelizmente, mesmo com tantas armas e habilidades, muitas delas acabam sendo inúteis e não rendem tantas melhorias. Talvez um dos poucos defeitos do jogo. Então, geralmente o jogador pode se sentir meio fraco ao chegar ao último trial e não ter coletado uma arma mais eficaz.

Por outro lado, os portais de teletransporte, bem dispostos pelos mapas, ajudam o jogador que pretende não ficar indo e voltando pelas salas. O mapa também é muito bem definido e de fácil visualização, mostrando inclusive itens como armas e poções de sangue que deixamos pelo caminho. Outro ponto positivo é que os inimigos não retornam para a sala que conseguimos passar (ao contrário de outros jogos que eles surgem novamente e a todo instante).

Mystic Gate é um jogo indicado para quem viveu os dias gloriosos dos fliperamas ou mesmo dos novatos que gostam dos elementos citados aqui. Mesmo terminando em 5 a 8 horas, o jogador precisará de muita estratégia, reflexos e habilidade para conseguir fechá-lo. E ainda podemos chamar um amigo para a jogatina (pena que só offline). Então, não tenha medo de cair na ação e se renda ao desafio.