Foi ao lado de Milton Nascimento, que ele lançou o famoso e cultuado disco, "Native Dancer" em 1975.
Wayne Shorter, um dos maiores artistas do jazz moderno, morreu nesta quinta-feira (02) em Los Angeles aos 89 anos. Segundo o jornal The New York Times, a assessoria do músico informou que ele estava no hospital. A causa da morte não foi anunciada.
Shorter foi importante para três dos grandes grupos de jazz do século 20: os Jazz Messengers, liderados pelo baterista Art Blakey, que estabeleceu o estilo “hard bop” de meados do século; a segunda formação do quinteto de Miles Davis em meados da década de 1960, que levou Davis ao seu período elétrico; e o grupo Weather Report, formado em 1970. Ele também teve uma longa e produtiva colaboração com Joni Mitchell, participando de 10 de seus álbuns.
Além disso, já trabalhou com músicos de rock como Carlos Santana, The Rolling Stones e também tocou com Milton Nascimento, em uma mistura de Jazz e MPB. Além disso, foi premiado 11 vezes pelo Grammy, além de ganhar um troféu por sua obra.
Foi ao lado de Milton Nascimento, que ele lançou o famoso e cultuado disco, "Native Dancer" em 1975, que contou também com a presença de Herbie Hancock. Os dois eram grandes amigos. Tanto que Milton, homenageou o músico em uma postagem no Instagram.
Shorter apresentava um estilo inconfundível de saxofone tenor. Seu talento brilhava mais no soprano, onde deixou uma grande influência. Sua carreira abrangeu mais de meio século, estando intimamente ligada à complexa evolução do jazz nesse mesmo período.
Enquanto ainda tocava com Miles Davis, ele lançou álbuns marcantes e inesquecíveis, entre eles "JuJu" de 1964 e "Speak No Evil" de 1965.
O músico compôs algumas das músicas mais importantes do jazz, como “Footprints” e “Black Nile”. Além disso, foi admirado por desenvolver e aprimorar continuamente uma linguagem harmônica moderna. Sua produção musical, gravada como líder, em meados da década de 1960, é considerada uma das melhores séries de discos de jazz.
Shorter sempre dizia que gostava de música por ela ter "velocidade e mistério". Sendo um admirador antigo de histórias em quadrinhos e ficção científica, mantinha uma estante abarrotada de bonecos de ação e costumava usar camisetas com o logotipo “S” do Super-Homem.
Obrigado por tudo, Wayne Shorter! Descanse em paz!
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