"Quanto mais o tempo passa, mais percebo que não é necessário. Como mencionei, a verdadeira reunião foi entre mim e Igor, e já realizamos isso"
A possibilidade de uma reunião do Sepultura com seus antigos membros tem sido um tema recorrente nos últimos meses, gerando muita especulação entre os fãs da icônica banda de metal. A questão tem sido abordada em diversas entrevistas com Andreas Kisser, atual líder do grupo, e Max Cavalera, um dos fundadores que deixou a banda em 1996.
Recentemente, Max Cavalera parece ter dado uma resposta definitiva sobre a possibilidade de tocar novamente com seus antigos companheiros. Em entrevista ao Metal Injection, o repórter Frank Godla perguntou ao guitarrista brasileiro se ele consideraria uma reunião com o Sepultura. Cavalera reforçou que ele e seu irmão Iggor, através do projeto Cavalera Conspiracy, estão mantendo vivo o “espírito” da banda original. Ele relembrou os desentendimentos passados como um dos motivos para a reunião não acontecer.
"Quanto mais o tempo passa, mais percebo que não é necessário. Como mencionei, a verdadeira reunião foi entre mim e Igor, e já realizamos isso. O que estamos fazendo agora é puro encanto e incrível. Se fizéssemos uma reunião do Sepultura, perderíamos a essência do Cavalera, entende? Isso não faria muito sentido.
As pessoas provavelmente pensariam: ‘Não quero assistir ao Cavalera se eles estão fazendo uma reunião 'de verdade'’. Para mim, não faz sentido porque amo o que temos no Cavalera atualmente. Está incrível. Portanto, está definitivamente fora de questão. Pergunte ao Igor, ele também não quer. Acho que as pessoas podem desistir dessa ideia, isso não vai acontecer. Não vai acontecer."
Cavalera afirmou que está satisfeito com o trabalho no Cavalera Conspiracy, onde ele e Iggor têm regravado os primeiros discos do Sepultura com faixas inéditas. “Isso é suficiente para mim”, disse Max. “Trabalhar com meu irmão agora faz com que eu sinta mais do que nunca que não há razão para uma reunião com o Sepultura.”
"Ainda estamos aqui. Ainda estamos tocando. Continuamos a celebrar todos os nossos esforços. Talvez mais tarde possamos revisitar o melhor da era Max. Não quero entrar em detalhes sobre os motivos, mas são basicamente os mesmos que me fizeram sair em 96. Ainda sinto o mesmo. Houve muita traição e muitas coisas que as pessoas desconhecem.
Acho que esse é o problema. As pessoas são muito desinformadas. A primeira coisa que fazem é culpar a Gloria [esposa de Max]. Dizem, ‘Ah sim, ela acabou com a banda’. Para mim, essa é a coisa mais absurda, porque o contrato dela tinha terminado. Ela foi convidada a ficar e me gerenciar, mas não quis. Ela até me disse que eu deveria permanecer na banda, mas eu também não queria. Então eu disse a eles, ‘Não, não vamos fazer isso’. Eu saí por minha própria integridade.
E depois de tudo o que aconteceu com Dana [enteado de Max que faleceu em um acidente de carro], eu não conseguia continuar. Então, quando vejo essas coisas na internet, pessoas falando besteiras, elas não conhecem toda a história. É muito fácil culpar alguém, e acabam culpando ela por destruir a banda. Mas se você perguntar a quem sabe a verdade, todos sabem que isso não é verdade. Não é verdade. Nós quatro nos afastamos um do outro."
Por outro lado, Andreas Kisser também se manifestou sobre o assunto no final de junho. Questionado novamente sobre uma possível reunião com os irmãos Cavalera, Kisser destacou que o foco principal deve ser a celebração da atual formação do Sepultura. Ele mencionou que qualquer reencontro deveria ter como objetivo comemorar a história da banda, e não discutir decisões passadas.
Com essas declarações, fica claro que, apesar do desejo de muitos fãs, uma reunião do Sepultura com seus membros originais não está nos planos de Max Cavalera. A banda segue em sua turnê de despedida, celebrando décadas de música e influência no cenário do metal.
Fonte: TMDQA
