"Tenho medo de morrer, hoje ninguém respeita mais nada".
Marília Mendonça, dois anos antes do acidente que a matou, usou as redes sociais para comentar o medo do vazamento de informações e imagens. Na mensagem, ela disse que sua gravidez foi descoberta após o vazamento de um exame, e disse ter “medo de morrer” por não ter fé na “ética da prestação de serviços”.
“É muito difícil contar com a ética na prestação de serviços de qualquer forma… minha gravidez foi descoberta por um exame de sangue vazado e tudo o que faço é dessa forma… dá medo até de morrer, pois as pessoas não respeitam nem esse momento e conhecemos casos semelhantes…”, publicou a cantora em agosto de 2019.
Ela disse, na mesma postagem, que não concordava com comentários e ideias que tratam artistas como pessoas que devem aceitar situações parecidas, ou até mesmo a invasão de privacidade.
“Dói ter que ouvir que batalhamos muito para isso… eu não batalhei para isso, pessoal! Fui atrás para que minhas músicas fossem ouvidas e para que meu trabalho fosse reconhecido… A justificativa para essa falta de consideração dizendo: “você quer, você é artista” é completamente errada”, escreveu.
Entenda o caso
Os registos de imagens que mostram o corpo da cantora no IML após o acidente aéreo na cidade de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, se espalharam pela internet nos últimos dias e causaram revolta em fãs e colegas.
No seu perfil, a cantora Anitta disse que deseja justiça pelo vazamento das imagens. “Pessoas doentes. Humanidade Perdida. Antiprofissionalismo. Justiça. Respeitem Marília Mendonça”, escreveu a cantora.
Da mesma forma que Anitta, as cantoras Ludmilla e Rebecca também lamentaram a divulgação das imagens. “A memória de Marília Mendonça deve ser respeitada. Sintam a dor da família e dos fãs. "Mais humanidade e empatia, por favor!", disse Ludmilla. “A humanidade está em perigo, que crueldade o que estão fazendo, Marília Mendonça merece respeito! Justiça!”, publicou Rebecca.
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