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Foto do escritorEduardo Salvalaio

Marvel’s Spider-Man resgata a tradição dos bons jogos de super-heróis numa roupagem moderna.

Atualizado: 29 de ago. de 2022



A californiana Insomniac Games é uma produtora de jogos que está em constante evolução, sempre melhorando e se aprimorando. Notória pela série Ratchet And Clank e Spyro The Dragon, a empresa que fazia jogos exclusivos para a Sony, passou a se dedicar a produções multiplataforma tendo em Fuse (2013), seu primeiro jogo a sair para outros consoles (além do Playstation da Sony).


Marvel’s Spider-Man é um projeto ousado da produtora. Precisou fazer jus ao famoso herói que, convenhamos, é um dos personagens da Marvel com mais jogos desenvolvidos até hoje. Então, esse era um projeto que poderia deixar a empresa numa situação constrangedora ou colocá-la ainda mais no avanço que vem conquistando.


Em Marvel’s Spider-Man, o jogador não foca apenas no combate, também precisa descobrir pistas em alguns cenários e desenvolver projetos científicos no laboratório do Doutor Octavius. Dessa forma, também existem puzzles interessantes, lembrando bastante a força da Insomniac em criar puzzles criativos, como aconteceu em Ratchet And Clank: A Crack In Time (2009).


A lista de inúmeros golpes oferece ao jogador um combate que foge da linearidade. O nosso querido Aranha pode tanto usar elementos do cenário bem como se valer de vários combos usando a teia ou seus próprios socos e chutes. Ou pode simplesmente ficar empoleirado num lugar elevado a espreita do incauto inimigo e, dessa forma, agir na surdina.


A esquiva também é peça-chave para se dar bem nas lutas e esse golpe foi bem trabalhado permitindo no jogador um combate mais técnico e não mecanizado. Alguns tipos de inimigos que surgem mais tarde exigem uma estratégia mais adequada. O sistema de upgrades segue à risca os demais jogos desse estilo: faça missões, colete coisas e vá melhorando os atributos do herói, assim como os dispositivos que ele adquire.

O jogo conta com muitos trajes para se desbloquear, dispositivos para ajudar nos combates (teias elétricas e bomba de teias), missões secundárias e coletáveis (que passam por fotos dos monumentos da cidade até mochilas escondidas). Isso tudo dentro de uma Manhattan com seu trânsito, pedestres, árvores e prédios de uma forma perfeitamente concebida.

Não apenas o Homem-Aranha, a Insomniac teve o capricho de dar igual importância a outros personagens presentes na trama. Tia May, Miles Morales e Mary Jane participam da história e trazem momentos memoráveis, muitas vezes até tristes. Miles e Mary Jane são jogáveis em algumas missões do jogo que exigem agir furtivamente (stealth).




Os vilões também não deixam a desejar. Apesar de alguns surgirem apenas em batalhas e não figurarem tanto na história, outros recebem destaque porque não eram tão divulgados nas produções do herói (a exemplo do Senhor Negativo). As lutas com esses inimigos rendem momentos épicos, muitas cenas são dignas de um filme blockbuster hollywoodiano.


Servido de um bom e competente mapa, o jogo nunca nos deixa perdidos, indicando onde existem novas missões, onde se encontram os coletáveis e pontos de interesse. Tudo é de fácil navegação numa roupagem sandbox habitual dos jogos desse gênero. Mas sair pela cidade se balançando e atirando as teias é igualmente prazeroso para ir observando os detalhes criados no jogo.



Talvez o único ponto negativo do jogo seja a repetição de algumas missões de combate ao crime. Seria uma boa que a cidade tivesse outras missões variadas envolvendo, por exemplo, mais enigmas (a exemplo das charadas para se resolver no jogo Batman Arkham Asylum (2009).


Caprichado para fãs do herói ou mesmo para jogadores casuais que sequer sabem muito do universo desse personagem da Marvel. Bonito visualmente, de entretenimento eficaz e com a magia de uma produção cinematográfica, Marvel’s Spider-Man é o indício de que há muitas perspectivas para se criar novos jogos com outros personagens da cultura pop.

 

Assista ao trailer do jogo:



 

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