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Mark Hoppus, do blink-182, fala sobre infância traumática e batalha contra o câncer em novo livro de memórias

O que o divórcio dos pais e o câncer ensinaram a Mark Hoppus?

Mark Hoppus, do Blink-182, se apresenta no palco durante o Lollapalooza
CRÉDITO: Natasha Moustache/Getty Images

Mark Hoppus abriu a caixa de memórias mais íntimas no recém-lançado Fahrenheit-182, revelando não apenas sua luta contra o câncer, mas também feridas profundas da infância. Em entrevista ao The Guardian, o baixista do blink-182 falou sobre os impactos duradouros do divórcio dos pais e a sensação constante de viver em conflito emocional.



“Por décadas, eles não se falaram e foi horrível crescer. Sempre me senti colocada no meio, porque eles não se falavam e eu tinha que argumentar com os dois lados, proteger meu pai da minha mãe, proteger minha mãe do meu pai, proteger minha irmã dos dois. Eu me sentia colocada nessa posição — talvez não, mas me sentia”, desabafou Hoppus.


O músico contou que esse contexto o moldou como um “mediador”, papel que, embora tenha influenciado positivamente sua musicalidade, também o desgastou emocionalmente. “Minha personalidade se tornou a de um mediador, o cara que tenta deixar todo mundo feliz, controlar tudo e deixar todos em paz. É isso que eu amo em tocar baixo – é aquela coisa entre a bateria e a guitarra que une tudo.”


“Essa personalidade tem sido ótima e tem sido terrível pra caramba. Ainda sinto que cabe a mim lidar com as coisas, tentar descobrir, quando talvez eu devesse deixar a natureza seguir seu curso. Tenho medo de me meter em situações nas quais não necessariamente tenho nada a ver.”



No livro, Hoppus também compartilha a experiência intensa de seu tratamento contra o linfoma diagnosticado em 2021. Ele admite ter pensado que não sobreviveria. “A exaustão da quimioterapia, dos esteroides, da dor física… isso me esmagou por meses.” Apesar disso, o episódio trouxe reconciliações, incluindo com Tom DeLonge, seu parceiro de banda com quem mantinha uma relação conturbada há anos.



Fahrenheit-182, lançado em 8 de abril, mergulha nas cicatrizes pessoais e nos bastidores da vida de um dos nomes mais icônicos do pop punk — um relato sincero de fragilidade, cura e reconexão.



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