"Eu usei IA para criar vozes deepfake a partir de outras vozes."
Tom Holkenborg, mais conhecido como Junkie XL, trouxe uma nova dimensão à trilha sonora de "Furiosa: Uma Saga Mad Max". Em uma entrevista à Variety, Holkenborg explicou que sua música é uma interpretação da visão de Furiosa sobre a Terra Desolada e suas experiências nela.
Uma das inovações que Holkenborg incorporou na trilha sonora é o uso de inteligência artificial (IA). "Eu usei IA para criar vozes deepfake a partir de outras vozes. Inicialmente, não ia usar para vozes, mas imaginei como seria se a fonte sonora fosse um ritmo de bateria e o som final uma guitarra?", explicou. Este processo experimental levou a um "acidente feliz" que acabou sendo utilizado na trilha.
Pulso e ritmo
Para capturar o som do pulso de Furiosa, Holkenborg utilizou um sintetizador Buchla, capaz de reproduzir batimentos cardíacos. Estes batimentos variam de rápidos e incontroláveis a hesitantes, simulando palpitações para refletir o estado emocional da personagem.
Conexão com a natureza
Para refletir as origens de Furiosa no Green Place, Holkenborg usou o duduk, um instrumento de madeira que traz um senso de conexão com a terra. "Vem da terra, você sente a areia em suas mãos", afirmou o artista. Ele também incorporou o didjeridu, um instrumento tradicional australiano tocado por William Barton, membro da comunidade aborígene. Este elemento reforça a ambientação australiana da saga e a aproximação ao Green Place no filme.
Holkenborg destaca a importância da localização na trilha sonora: "Nós claramente vemos que a saga se passa na Austrália. Quando nos aproximamos do Green Place, fica muito claro que estamos no meio do país."
A abordagem de Junkie XL em "Furiosa: Uma Saga Mad Max" demonstra um uso inovador da tecnologia e uma profunda consideração pela narrativa e ambientação do filme. Seu uso de instrumentos tradicionais e modernos, combinados com técnicas de IA, promete oferecer uma experiência auditiva única e imersiva para os espectadores.
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