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Foto do escritorEduardo Salvalaio

JFDR faz de Museum uma exposição da música caprichada que encontra inspiração em grandes influências

JFDR assegura a Islândia como um celeiro da boa música.

Foto: Dora Duna


JFDR é o pseudônimo da cantora, compositora e multi-instrumentista islandesa Jófríður Ákadóttir. Artista essa que já participou dos grupos Samaris e Pascal Pinon. Detalhe importante que nesta segunda banda citada, ela tinha apenas 14 anos de idade. Muito ligada com o cinema, fez trilha sonora para séries de TV e filmes. Também compôs algumas músicas para o jogo Death Stranding (2019).


No currículo da cantora não poderia falta suas inúmeras participações com outros artistas de peso. Low Roar, Lapalux, Damian Rice e Sing Fang foram alguns que já tiveram o privilegio de trabalhar junto à islandesa. Isso também acrescenta muita experiência em sua carreira, além da diversidade musical que possa ir adquirindo com o tempo.



O début como JFDR chegou em 2017 através do interessante Brazil (2017). Em seguida, New Dreams (2020) era lançado assegurando uma artista cada vez mais comprometida com sua música. Saindo mais da paisagem islandesa e alçando voos para outros países, embora sua trajetória tenha sido pausada por conta da pandemia, o mundo passava a ficar mais de olho em seus trabalhos.


As influências são distintas, e isso é ótimo. O JFDR consegue assimilar o melhor de várias gerações e para o ouvinte não faltarão associações diversas com outras cantoras: Bjork (‘Life Man’), Enya (‘Air Unfolding’) e Joni Mitchell (‘Valentine’).

Mas não fincando pé totalmente em suas influências, a artista constrói sua sonoridade com muito capricho. Para ela, a música é um lugar onde o Clássico pode ultrapassar barreiras e chegar em outros territórios, dessa forma, o arranjo orquestrado de ‘The Orchid’ e ‘Spectator’ chegam acessíveis e se sintonizam com um toque mais Pop-Rock que essas faixas pretendem apresentar.


‘Sideways Moon’ e ‘Underneath The Sun’ revelam uma cantora preocupada com camadas sonoras, texturas instrumentais e alternância de timbres vocais. Em contrapartida, mesmo quando a voz está ausente, o clima etéreo evoca uma bela paisagem cinematográfica, exemplo da faixa ‘Flower Bridge’.




JFDR assegura a Islândia como um celeiro da boa música. Uma garota que desde a adolescência sentiu a necessidade de colocar sua música para ir além de seu país e para cair no gosto do ouvinte, tanto do Pop-Rock como do Clássico. Museum é a conquista do sonho dessa garota que cresceu, amadureceu e que se agiganta na sua arte de nos saudar com boa música.

 

Museum

JFDR


Lançamento: 28 de abril de 2023

Gênero: Indie Pop, Pop-Rock

Ouça: "Spectator", "The Orchid", "Sideways Moon"

Humor: Etéreo, Doce, Sensual


 

NOTA DO CRÍTICO: 8,0

 

Veja o vídeo oficial de ‘Spectator’:




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