O jogo conta com um modo Arcade que é compreendido em 205 estágios sendo que 125 são no modo Normal, 50 no modo Inverno e 30 no modo Neon
Breakout foi um jogo lançado para o Atari em 1976 que até hoje é lembrado pelos jogadores. Influenciado por Pong, outro jogo lançado em 1972, a jogabilidade é simples e consiste em ficar rebatendo uma bola contra uma parede de tijolos que precisa ser destruída por completo. Para isso, o jogador usa uma palheta e não pode deixar que a bola passe pela parte inferior da tela. Apesar de parecer banal, o jeito que a bola bate na palheta influencia em muitos movimentos e isso é importante quando a tela possui poucos tijolos para destruir ou a bola adquire maior velocidade.
Posteriormente, em 1986, chegou Arkanoid através da desenvolvedora Taito. Com um visual melhorado e feito para fazer sucesso nos Arcades da época, o jogo não perdeu as características, porém começava a pensar em inovações e melhorias. Alguns blocos/tijolos liberavam power-ups importantes para níveis mais complicados. O jogador tinha a opção de mísseis ou até mesmo de desacelerar a esfera em prol de sua estratégia.
Apesar do tempo que os jogos foram lançados e do ultrarrealismo que a geração nova de consoles adquiriu, a influência permanece até hoje em vários lançamentos que chegam constantemente com essa ideia simples, porém viciante de quebrar tijolos/blocos. Pensando dessa forma, o estúdio polonês Blue Sunset Games lançou Glaive: Brick Breaker para diversas plataformas.
O jogo conta com um modo Arcade que é compreendido em 205 estágios sendo que 125 são no modo Normal, 50 no modo Inverno e 30 no modo Neon. O que muda nesses dois últimos modos, Neon e Inverno, é que surgem novos blocos, sendo que alguns sobem e descem na tela dificultando um pouco a vida do jogador que precisa de um tempo exato para acertá-los. O visual dos estágios muda também, entretanto o Modo Neon acaba ficando muito exagerado visualmente e pode até confundir o jogador com tanta informação na tela.
Alguns estágios, lembrando o estilo Pong, colocam duas palhetas ao mesmo tempo na tela. Uma no canto inferior, a outra no superior. Cabe ao jogador controlar cada palheta e evitar que a bola fuja do seu controle. São níveis mais complicados, porém entregam uma maior variação ao jogo e depois de algumas tentativas, são fáceis de concluir.
Existe ainda um modo Editor que permite criar os estágios ao nosso gosto. O modo Versus embora só offline também é uma opção para se jogar com a família. Para o jogador que deseja mais desafios, o modo Endurance está presente. Como o próprio nome diz, o jogador terá apenas um número limitado de vidas e precisa passar pelos diversos estágios cuja ordem é definida aleatoriamente pela inteligência artificial (mas que são estágios que fazem parte do modo Arcade).
Glaive: Brick Breaker é um jogo indicado para quem deseja iniciar no gênero. Colorido, de fácil interface e com muitos power-ups para facilitar. Além disso, o jogo oferece uma chance de repetir o estágio e sempre continuarmos de onde paramos, ao contrário de outros jogos como Radon Break que nos faz jogar todos os estágios de uma única vez (se perder as vidas ou sair do jogo, recomeça do estágio 1).
Uma barra que vai enchendo a cada batida da bola na palheta e nos blocos também é uma boa adição ao jogo. Essa barra, ao se encher completamente, libera um especial em que a bola, por uns 10 segundos, assume velocidade avassaladora e sem direção específica destruindo diversos blocos na tela. Nesse tempo, vale lembrar, o jogador não perde vida, ele fica invulnerável.
Nem tudo é positivo no jogo. A física é comprometida. Jogadores mais experientes no gênero sentirão algumas falhas logo nos primeiros estágios. O velho truque de usar a quina da palheta na bola para que ela consiga um ângulo melhor ou mais desejado aqui falha. A bola segue por outra trajetória muitas vezes inesperada, isso quando ela faz uma trajetória estranha e acaba enganando o próprio jogador que não espera o movimento.
Até mesmo o power-up que nos concede capturar e prender a esfera, muitas vezes não funciona corretamente. Ao atirar a esfera, ela não segue por um ângulo que planejamos, estranhamente. Lembrando que essas falhas não prejudicam o jogo totalmente, mas são irritantes quando temos somente uma vida e existe apenas um bloco para ser eliminado (que é quando a precisão é mais exigida).
O jogo pode ser terminado entre 12 a 20 horas, dependendo um pouco da habilidade de cada jogador. Costuma estar num preço acessível durante promoções, entre 5 a 15 reais. Com muitos níveis, oferece uma ligeira diversão para um final de semana sobretudo para quem gosta do gênero, embora existam outras opções melhores no mercado e com uma física mais precisa e realista.
Glaive: Brick Breaker
Lançamento: 26 de abril de 2018
Desenvolvedor: Blue Sunset Games
Gênero: Jogo Eletrônico de ação
Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One
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