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Foto do escritorMarcello Almeida

George R. R. Martin e vários outros autores estão processando a OpenAI em uma ação judicial

Atualizado: 20 de set. de 2023

Além disso, os autores pedem indenização por danos reais, que não foram especificados, ou danos estatutários, que podem chegar a US$150.000.

Imagem Reprodução.


George R.R. Martin (conhecido por "Game of Thrones"), John Grisham ("A Firma"), Michael Connelly ("O Poder e a Lei"), juntamente com outros destacados membros do Sindicato dos Autores, entraram com uma ação coletiva contra a OpenAI nesta quarta-feira (20). De acordo com informações do Deadline, os autores alegam que o laboratório de inteligência artificial reproduziu seus trabalhos "sem autorização prévia ou consideração".


"A Inteligência Artificial Generativa representa um novo território amplo a ser explorado pelos gigantes do Vale do Silício no setor de conteúdo", declarou o autor Jonathan Franzen (autor de "As Correções") em um comunicado. "Os escritores devem ter o poder de determinar quando suas obras são empregadas para 'treinar' a IA. Se optarem por colaborar, é fundamental que recebam uma compensação adequada", prosseguiu Franzen.



De acordo com o processo, o ChatGPT da OpenAI foi capaz de produzir resumos notavelmente precisos das obras populares de John Grisham que foram adaptadas para o cinema, como "O Segredo", "O Cliente" e "A Firma". Além disso, a IA gerou um esboço não autorizado e minucioso do próximo livro de Grisham, "O Rei das Fraudes".


Os autores da ação judicial pedem a um tribunal que os represente como um grupo, ou classe. Eles também pedem que o tribunal proíba os réus de usar suas obras nos grandes modelos de linguagem sem autorização. Além disso, os autores pedem indenização por danos reais, que não foram especificados, ou danos estatutários, que podem chegar a US$150.000 por obra infringida.


No cenário atual, os roteiristas de Hollywood encontram-se em um impasse devido a diversas demandas trabalhistas. Essas reivindicações englobam questões como a elevação dos salários, modificações nas diretrizes de pagamento de royalties (a compensação adicional recebida pelos roteiristas pela exibição de suas obras na televisão ou em plataformas de streaming) e, sobretudo, a implementação de medidas de proteção contra a utilização da inteligência artificial na elaboração de roteiros.


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