"Sinto que estou muito próxima daqueles que sofrem injustiças ou desigualdades no mundo."
Dua Lipa, a sensação pop de origem kosovar-albanesa, abriu o coração sobre sua conexão íntima com pessoas que enfrentam guerra, injustiças e desigualdades.
Nascida em 1995, em Londres, como a mais velha de três filhos de uma família kosovar-albanesa, Lipa traz consigo uma história marcada pela busca por refúgio e a luta contra a instabilidade política.
Três anos antes de seu nascimento, seus pais, Dukagjin e Anesa, fugiram do Kosovo para o Reino Unido devido à turbulência política na região. Estabelecidos em Camden Town, em Londres, seus pais fomentaram um ambiente bilíngue em casa, onde Lipa falava albanês, enquanto na escola, aprendia inglês.
A família retornou ao Kosovo em 2006, enquanto o país ainda estava sob supervisão das Nações Unidas, e em 2008, o Kosovo declarou sua independência da Sérvia. Durante sua adolescência, Dua Lipa confrontou as histórias horríveis de limpeza étnica e crimes de guerra cometidos contra albaneses do Kosovo.
Essa conscientização a levou a uma profunda reflexão sobre questões humanitárias. Aos 15 anos, Lipa tomou a decisão de retornar sozinha a Camden para perseguir sua paixão pela música, marcando o início de uma jornada que a levaria ao estrelato internacional.
Sua história pessoal, enraizada na experiência de sua família e nas lutas de seu povo, moldou sua perspectiva e a impulsionou a se envolver ativamente em causas que visam aliviar o sofrimento humano e promover a igualdade.
Em uma entrevista para a Elle, a cantora de 'Houdini' compartilhou como tem mantido contato com as vítimas da Guerra do Kosovo, que devastou o país em 1998: "Tenho ouvido relatos de amigos que perderam entes queridos lá. Casas queimadas. Testemunhei isso. Quando você estabelece essa conexão direta com pessoas que vivenciaram a guerra, isso abre um universo completamente novo, e foi exatamente o que aconteceu comigo."
Ao discutir as guerras em curso na Ucrânia e em Gaza, Lipa acrescentou: “Sinto-me muito próxima [daqueles que sofrem] injustiças ou desigualdades no mundo. Seja na guerra ou assumindo o compromisso da família, todos têm uma experiência diferente... trata-se de apoio e aprendizagem juntos.”
Para Dua Lipa, a música não é apenas uma forma de expressão artística, mas também uma plataforma para defender os direitos humanos e inspirar a mudança. Sua voz, tanto literal quanto metaforicamente, ressoa como um testemunho das esperanças, lutas e triunfos daqueles que enfrentam adversidades ao redor do mundo.
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