Coldplay encanta e emociona com show deleitoso no Rock in Rio
- Marcello Almeida
- 11 de set. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2022
Chuva, preço dos ingressos e covid-19 - e um agradecimento de Chris Martin ao público presente na cidade do rock

Coldplay é daquelas bandas que conseguiram criar uma legião de fãs no decorrer do tempo. Desde que surgiram nos anos 2000 com um disco conceitual e repleto de hits. 'Parachutes' trazia em sua composição canções como “Yellow” e “Shiver”, que marcaram o começo de uma carreira de sucesso. O grupo logo foi se tornando um fenômeno de lotar estádios e arenas, e no Rock in Rio desse ano não foi diferente, Chris Martin e cia simplesmente reinventaram a fórmula de rock de arena. A apresentação de ontem à noite (10), ajuda a compreender porque os últimos shows da banda e os ingressos para as apresentações em SP já estão esgotados.
Com alguns minutos de atraso, e o público cantarolando o coro de “ô ô ô” e uma trilha sonora de “E.T.-O Extraterrestre” o Coldplay deu início a sua empreitada atmosférica abrindo sua performance contagiante com uma canção nova do último disco 'Music Of Spheres'. A escolhida foi a faixa “Higher Power”, e o Coldplay definitivamente entrou com os dois pés juntos no Palco Mundo com o público vibrando alto com suas pulseiras inteligentes, marca registrada nas últimas apresentações da banda. Luzes brilhantes e fogos de artifício explodindo na frente do palco deram ainda mais brilho para à noite contagiante proporcionada pelo grupo britânico.
Com um setlist amplamente cheio de hits e clássico da discografia, o Coldplay emendou logo com a atmosférica e dançante “Adventure Of A Lifetime” do disco 'A Head Full Of Dreams' de 2015, fazendo o público em geral pular na cidade do rock. Canções como “Paradise” e “Viva La Vida” elevaram ao máximo as emoções do público brasileiro e a banda no palco percebeu essa química entre ídolos e fãs rodando na mesma sintonia, com a última faixa ganhando até uma repetição para a alegria de geral.
O Coldplay trouxe para o palco do RiR um show tecnológico e Chris Martin fez do Palco Mundo seu lar por uma noite, aproveitando cada pedaço do lugar, seja cantando, dançando, pulando e interagindo com os fãs na plateia. Uma das características da banda é fazer do seu público, protagonistas de suas apresentações, as pessoas presentes deixam de ser apenas meros telespectadores para assumirem papéis no espetáculo sonoro e visual. E nisso, o Coldplay acerta pontualmente. Martin até arrisca frases em português dizendo: “Oi galera, muito obrigado”. Frase que o frontman repetiu por várias vezes durante a apresentação cósmica.
Verdade seja dita, você pode não se interessar pela vibe sonora pop que a banda embarcou de uns anos para cá, mas é preciso reconhecer a grandeza e espetáculo de seus shows, que proporcionam divertimento e entretenimento. Como se o Coldplay tivesse se tornado uma franquia de si mesmo, no decorrer dos anos. Uma banda que se renova a cada ciclo e ainda consegue se manter de pé, e levar multidões para seus shows.
Um dos momentos marcantes e bonito do show foi quando chegou a hora de uma das músicas mais esperadas pelo público “The Scientist” (figura carimbada nos shows). Chris foi até a parte mais próxima do público, discutiu a relação com o piano e levou o momento na esportiva. A Chuva caia na cidade do rock, a nostalgia invadiu e tomou conta da noite, levando a galera às lagrimas.
Sempre atencioso e carismático. Martins brincou com o público dizendo: “Vocês podiam estar em casa assistindo 'Game Of Thrones, mas optaram por estar aqui está noite. Enfrentaram a chuva, o preço dos ingressos, o trânsito, a covid-19 e as filas. Obrigado por compartilhar essa noite conosco.”
A próxima da noite foi a marcante “Yellow” que registrou uma imensidão de pulseiras amarelas iluminando a cidade do rock. O coro de mais de 100 mil pessoas no Rock in Rio cantando junto com a banda comprovou o feito histórico dessa noite repleta de emoções e efeitos visuais. A emoção nem teve tempo de descer das alturas e os acordes de “Clocks” contagiou o público, o palco se iluminou de lasers verdes apontados para o céu.
Outro momento emblemático foi durante a execução de “My Universe” que fez o público vibrar quando os telões mostraram imagens da banda de K-Pop BTS que colaborou na faixa. Outra surpresa da noite foi Chris transformar “Magic” em “Magia” algo que agradou muito o público brasileiro.
Cada música apresentada contou com uma performance única e satisfatória, Chris dançou, pulou, se ajoelhou perante a chuva, jogou a camisa para a plateia, e pediu para que todos cantassem parabéns para o guitarrista Johnny Buckland. Uma noite entanto para o festival que viu o Coldplay entregar seus maiores hits e alegrar as pessoas ali presentes que foram embora para casa com a alma lavada e extasiados com aquele gostinho de quero mais.
Coldplay tocou no Rock in Rio:
Higher Power Adventure of a Lifetime Paradise Viva la Vida Viva la Vida The Scientist ("Mas Que Nada") Yellow Sunrise People of the Pride Clocks Infinity Sign Something Just Like This Midnight My Universe A Sky Full of Stars Magic (versão "Magia") Humankind Fix You Biutyful
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