As vendas no primeiro semestre de 2024 geraram US$ 236,7 milhões
Os CDs, tidos como obsoletos por muitos, estão experimentando um renascimento inesperado. Segundo a Associação da Indústria Fonográfica da América (RIAA), as vendas no primeiro semestre de 2024 geraram US$ 236,7 milhões, superando a receita de álbuns digitais, que arrecadaram apenas US$ 87,8 milhões. O total de vendas físicas, incluindo CDs e vinis, cresceu 13% em relação ao ano anterior, movimentando quase US$ 1 bilhão.
Entre os principais impulsionadores dessa tendência está a Geração Z, que, apesar de ter crescido na era do streaming, vem demonstrando um interesse crescente pela estética e raridade dos CDs. Muitos jovens compram discos de seus artistas favoritos mesmo sem um aparelho para reproduzi-los, enxergando os CDs como itens de colecionador.
O e-commerce também tem sido fundamental nesse movimento. Em 2024, as lojas de música online faturaram R$ 14,7 milhões, um aumento de 26% em relação ao ano anterior. As vendas estão concentradas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, com CDs e acessórios musicais entre os produtos mais procurados.
Além dos CDs, os vinis seguem em alta, registrando um crescimento de 17% em receita e 10,7% em unidades vendidas. O formato consolidou-se como um item de colecionador, especialmente entre os jovens que buscam uma experiência musical mais autêntica.
No campo da inovação, pesquisadores da Universidade de Chicago estão explorando novas tecnologias para revitalizar os discos ópticos, aumentando sua capacidade de armazenamento. Essa iniciativa pode dar uma nova vida aos CDs, tornando-os mais relevantes no futuro.
O renascimento dos CDs na era digital reflete uma mudança no comportamento dos consumidores, mostrando que a mídia física ainda tem espaço no mercado. Seja pela nostalgia, pelo colecionismo ou por novas tecnologias, os CDs desafiam a ideia de extinção e parecem ter um futuro promissor.
Comments