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Brian Jackson homenageia Milton Nascimento em disco que une Brasil, jazz e soul

O álbum revisita clássicos da carreira de Bituca sob uma perspectiva nova e afetuosa

Milton Nascimento
Foto: @marcoshermes / Divulgação

Milton Nascimento pode ter se despedido dos palcos, mas seu legado continua ecoando ao redor do mundo — e, mais uma vez, virou inspiração para um tributo internacional. O músico americano Brian Jackson lançou o álbum Of Corners & Bridges, um projeto que revisita clássicos da carreira de Bituca sob uma perspectiva nova e afetuosa, fundindo o som brasileiro com elementos de jazz, funk e soul.



O disco, lançado pelo Selo Sesc, estabelece uma ponte musical entre Brasil e Estados Unidos por meio de 12 faixas interpretadas por Jackson e um time diverso de colaboradores brasileiros e estrangeiros. Fã declarado de Milton desde os anos 1970, o produtor e compositor nova-iorquino já havia trabalhado com nomes como Airto Moreira, Mano Brown e Black Alien, e teve a ideia do álbum após uma visita ao Brasil em 2015.


A homenagem foi gestada ao longo de anos, com experimentações sonoras, camadas vocais e texturas gravadas no mesmo estúdio em que Milton registrou boa parte de sua obra. Em comunicado à imprensa, Jackson expressou sua reverência:


“Grande Irmão Mestre Milton, você é a razão de todo amor que se ouve neste álbum. Você é a razão pela qual todos nós nos reunimos no estúdio em que você costumava gravar quando era muito jovem, seus velhos amigos e colegas, alguns jovens talentosos e eu. Nós nos reunimos para simplesmente dizer: ‘Obrigado, Mestre. Ouça, e vai escutar o que você fez aos nossos corações e mentes, como você nos mudou para sempre, para sermos melhores’.”



A faixa de abertura do disco é “Bridges (Sunrise)”, versão em inglês da emblemática “Travessia”, lançada originalmente em 1967 e revisitada no álbum Courage, dois anos depois. Aqui, ela ganha novos contornos com os vocais de Georgia Anne Muldrow, artista de Los Angeles, ao lado do próprio Brian Jackson. A sonoridade é guiada pela força dos atabaques, agogôs e bongôs, trazendo um balanço entre a tradição afro-brasileira e a cadência do soul americano.



Além dessa, o disco traz interpretações de faixas icônicas como “Maria Maria”, “Fé Cega”, “Faca Amolada” e “Caxangá”, reafirmando a influência profunda e duradoura de Milton Nascimento como um dos pilares da música popular do século XX.

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