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Björk critica o Spotify e reflete sobre a cultura do streaming

Foto do escritor: Marcello AlmeidaMarcello Almeida


"Provavelmente a pior coisa que aconteceu aos músicos"

Björk
CRÉDITO: Santiago Felipe/Getty Images

Durante uma entrevista ao canal sueco Dagens Nyheter, Björk declarou que o Spotify é "provavelmente a pior coisa que aconteceu aos músicos". A artista islandesa, que estava promovendo a transmissão ao vivo de seu filme-concerto Cornucopia na Apple TV+, também discutiu sua abordagem criativa e a pressão enfrentada por músicos na era do streaming.


Björk destacou a necessidade de privacidade para criar novas músicas, comparando o processo ao cultivo de uma planta: “É somente na escuridão que você pode plantar uma nova semente… Você precisa de alguns anos sem que ninguém saiba o que você está fazendo, nem mesmo você mesmo.”



Apesar de valorizar apresentações ao vivo, a cantora afirmou que sua prioridade atual é compor novas músicas. “Agora estou mais ocupada colocando para fora todas as ideias que tenho dentro de mim. Sinto que estou longe de terminar, e o tempo está se esgotando. E se eu tivesse que fazer mais 20 álbuns? Provavelmente farei cinco, no máximo, antes de morrer.”


Sobre a cultura do streaming, Björk apontou a dificuldade que músicos mais jovens enfrentam, frequentemente forçados a depender de turnês para gerar renda: “Nesse aspecto, o Spotify é provavelmente a pior coisa que aconteceu aos músicos. A cultura do streaming mudou uma sociedade inteira e uma geração inteira de artistas.”


Essa não é a primeira vez que Björk expressa suas críticas à plataforma. Em 2015, ela decidiu não lançar seu álbum Vulnicura no Spotify, citando princípios de respeito pelo trabalho artístico. “Trabalhar em algo por dois ou três anos e então, 'Ah, aqui está de graça'. Não é sobre dinheiro; é sobre respeito”, afirmou na época.


O filme-concerto Cornucopia estreia hoje, 24 de janeiro, na Apple TV+.



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