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Bioshock Infinite mostra como acrescentar ainda mais fôlego a uma franquia de sucesso.

Atualizado: 12 de dez. de 2021



Vasculhar cada caixa, compartimento e lata de lixo. Combinar fórmulas e técnicas de combate. Inventar estratégias para derrotar determinado inimigo. Usufruir dos aerotrilhos (novidade na franquia). Permanecer imerso na narrativa até os instantes finais. Contemplar e admirar o design e cada rua da cidade flutuante de Columbia. Isso tudo são atividades que o jogador pode fazer livremente em ‘Bioshock Infinite’. Produção essa que deixa os jogos cada vez mais próximos de receberem o status de oitava arte.


O produtor Ken Levine queria mudar, sem perder as características básicas que foram famosas nos dois primeiros jogos. A cidade submersa de Rapture em Bioshock 1 e 2 dá lugar a Columbia, uma cidade flutuante moldada pela pseudo-moral do autoritário e prepotente Comstock. Mas o lugar tem seus segredos, suas falhas e é dividida por aqueles que aceitam a realidade e por outros que estão descontentes com tudo. Um mérito do jogo que sempre trabalhou com questões como autoritarismo, política, tecnologia e sociedade, enfatizando muito a teoria de que a arte imita a vida.


De uma forma geral, os jogadores mais experientes não verão mudanças. Em Rapture, tínhamos os ‘plasmids’, aqui, os ‘vigores’. Porém, continuam sendo recursos mais do que estratégicos para liquidar algum inimigo. Jogue os corvos sobre alguém e complete com um tiro de rifle. Bom. Mas lembre-se que existem inimigos poderosos que farão o mesmo com você.

Os combates mudaram um pouco por conta da ajuda da enigmática Elizabeth, muito importante para a narrativa. Com o poder de atravessar fendas no tempo, a personagem é uma NPC que vai ajudar o jogador constantemente, pois arruma munição, dinheiro e sangue (health) para o jogador nas horas mais apertadas do jogo.

Os aerotrilhos também deram mais dinâmica e fluidez na jogabilidade, pois é uma boa forma de atingir alguém por trás, na surdina, ou mesmo de se esquivar em combates com muitos inimigos. Não faltam também as habilidades (adquiridas aqui como presentes), cada uma servindo bem ao jogador em diferentes ocasiões.


Exploração também é outro quesito importante. Encontrar todos os diários para entender melhor a história, procurar por munição ou desvendar algum detalhe escondido. Abrir cofres torna-se necessário, mas para isso você precisa encontrar gazuas para poder destrancá-los. O jogo te possibilita infinitas opções, mas não tão fáceis assim, porque será preciso dedicação e observação aguçada do jogador. O universo peculiar de Columbia nos obriga a isso, pois é gratificante ver a arte fantástica do jogo que ao mesmo tempo consegue unir utopia, futurismo, vintage e até mesmo a destruição e o abandono de uma sociedade em colapso.


E por fim, o fator replay. Isso conta muito. Terminar um jogo e deixá-lo de lado é frustrante. Aqui, você tem várias dificuldades e terminar uma vez não é o bastante. Voltar a jogar, rever aquela sala, encontrar mais diários, experimentar outras artimanhas. E não é só isso: o melhor é que esse Bioshock nos deixa com vontade de rever os dois primeiros jogos. E jogue novamente. Vale a pena e você vai ver tudo com outros olhos. Eu diria que esse jogo está entre um dos melhores feitos até hoje, em variados e indiscutíveis aspectos. Aproveite. E no futuro, diga ao seu filho ou para a geração mais nova: 'eu tive o prazer de jogar Bioshock Infinite'.

 

Texto original publicado em:

 

Saiba mais sobre o jogo em:

 

Assista ao trailer do jogo:


 

Sobre Eduardo Salvalaio

Um cara da área Civil mas que nos momentos de folga tem um tempo para a escrita. Fã da arte de um modo geral, acha que com ela podemos tirar um pouco os dissabores da vida. Livros, discos, filmes, jogos: um arsenal do qual não abre mão.

 





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