O filme marca o retorno de Walter Salles aos cinemas após 12 anos e ainda não tem data de estreia confirmada
O novo filme de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, foi exibido pela primeira vez neste domingo (1º) durante o Festival de Veneza e recebeu elogios da crítica internacional, destacando-se como um potencial candidato ao Oscar. A adaptação do livro de Marcelo Rubens Paiva sobre sua família apresenta uma narrativa profunda e envolvente que conquistou a imprensa.
O destaque do longa vai para Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, mãe do escritor, ao lado de sua própria mãe, Fernanda Montenegro, que vive a versão mais velha da personagem. A atuação de Torres foi amplamente elogiada. Segundo Stephanie Bunbury, do Deadline, a performance de Torres "deve catapultá-la para a temporada de premiações, 25 anos após sua mãe ser indicada ao Oscar por Central do Brasil". Wendy Ide, do ScreenDaily, acrescentou que a atriz é a "espinha dorsal da produção", ressaltando que Salles confia na "atuação magnífica e excepcionalmente detalhada" de Torres para conduzir a história.
Leila Latif, do IndieWire, também destacou o talento de Torres: "Sua performance é tão espetacular quanto sua filmografia sugere", afirmou, mencionando a Palma de Ouro recebida pela atriz por Eu Sei que Vou te Amar. A crítica ainda destacou a força e estoicismo de sua personagem, que tornam os momentos de dor ainda mais comoventes.
O DMovies também elogiou o filme, apontando-o como favorito ao Leão de Ouro. "Espero que ele vença o prêmio principal. Isso seria muito merecido e uma nova recompensa para o cinema brasileiro", declarou o crítico Victor Fraga.
Na Variety, Jessica Kiang exaltou a narrativa do filme, que alterna entre dois períodos temporais. Segundo ela, o filme é "clássico na forma, mas radical na empatia", mantendo os personagens tão vívidos que o público não quer se despedir deles.
Ambientado no Brasil de 1971, Ainda Estou Aqui retrata um país em crise sob o controle da ditadura militar. A história acompanha Eunice Paiva, uma mãe de cinco filhos que se torna ativista após o desaparecimento de seu marido, sequestrado pela Polícia Militar. O filme marca o retorno de Walter Salles aos cinemas após 12 anos e ainda não tem data de estreia confirmada.
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