O Red Hot Chili Peppers está de volta em grande estilo com a nova e estonteante "Black Summer", ouvir o novo single desperta aquele sentimento nostálgico e deixa claro o talento dos caras em compor canções grudentas e melódicas, marca registrada da banda. É evidente que estão em boa forma e a volta do guitarrista John Frusciante trouxe de volta aquela energia carismática e envolvente da banda. A nova faixa traz riffs de guitarras que remetem em alguns momentos ao Led Zeppelin e a fase inicial da banda. É incrível a química que rola entre eles quando estão todos juntos.
"Black Summer" antecede o novo disco da banda 'Unlimited Love' que tem a previsão de ser lançado em 1º de abril deste ano. Sobretudo, a música nova é o primeiro material inédito da banda em cinco anos, e deixa aquele gostinho do que estar por vir com o novo trabalho.
Em uma entrevista recente E exclusiva para NME que foi fotografada pelo diretor vencedor do Oscar Gus Van Sant, a banda falou sobre o novo álbum e como a reunião com Frusciante “empurrou um ao outro de maneira positiva”.
“O maior evento, honestamente, foi John voltando para a banda. Essa foi a mudança mais monumental em nossas vidas. E Deus estava disposto a tudo e qualquer coisa”, disse Kiedis à NME.
A história de Frusciante com a banda é de idas e vindas, encontros e desencontros. O guitarrista tem entrado e saído da banda desde o final dos anos oitenta e apareceu pela última vez em 2006 no álbum 'Stadium Arcadium', que vendeu sete milhões de cópias. O ex-companheiro de turnê Josh Klinghoffer substituiu Frusciante em 2009, aparecendo em 'I'm With You' de 2011 e ' The Getaway' de 2016.
Enquanto estavam trabalhando no novo disco 'Unlimited Love', Flea e Kiedis notaram e sentiram falta de algo, "faltava um gás, uma motivação".
"Estava indo devagar e sem um verdadeiro impulso definitivo para isso. Foi meio que sinuoso”, disse Kiedis. “E então Flea e eu tivemos um sentimento dentro de nós mesmos, independentemente, que era: 'Seria muito bom envolver John de alguma forma nesse processo.' Fazia muito tempo e ele estava se tornando conhecido em nossos círculos novamente depois de ter estado em seu próprio círculo.”
Ao voltar para a banda, Frusciante disse à NME: “Flea colocou a ideia [de voltar] na minha cabeça e eu estava sentado lá com a guitarra pensando que eu não compunha nenhuma música rock há tanto tempo. Eu ainda poderia fazer isso?”
Com Frusciante agora na banda novamente, Klinghoffer foi demitido, o que Flea descreveu na entrevista como “uma grande mudança para nós”. “Ele está conosco há 10 anos, e foi uma coisa emocionalmente difícil de fazer. Ele não era apenas um grande músico, ele também era da equipe, atencioso e solidário – uma pessoa de mentalidade comunitária, gentil e inteligente. Mas artisticamente, em termos de poder falar a mesma linguagem [musical], foi mais fácil trabalhar com John. Voltar para uma sala e começar a tocar e deixar a coisa acontecer… foi realmente emocionante.”
Enquanto o COVID-19 interrompeu seus planos de gravar o álbum, a banda aproveitou a pausa como uma oportunidade para escrever, terminando com 100 novas músicas para escolher. Sobre o processo de gravação, Kiedis disse: “A dinâmica foi muito saudável, produtiva e criativa. Às vezes [nós] podemos ser um pouco competitivos demais e isso pode levar à discórdia, mas [desta vez] realmente nos pressionamos de uma maneira positiva”.
A banda ainda tem planos de sair em uma turnê mundial ainda esse ano. – encontre ingressos aqui.
Veja o clipe da nova "Black Summer"
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Sobre Marcello Almeida
É editor e criador do Teoria Cultural.
Pai da Gabriela, Técnico em Radiologia, flamenguista, amante de filmes de terror. Adora bandas como: Radiohead, Teenage Fanclub e Jesus And Mary Chain. Nas horas vagas, gosta de divagar histórias sobre: música, cinema e literatura, e curtir as aventuras do cão Dylan. marce.almeidasilvaa@gmail.com
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