7 bandas essenciais do indie rock; parte 2
- Marcello Almeida
- há 2 dias
- 3 min de leitura
Cada uma à sua maneira deixou uma marca definitiva — seja reinventando o que já existia, seja abrindo novas possibilidades

Do lirismo melancólico dos anos 80 à explosão criativa dos anos 2000, essas sete bandas ajudaram a moldar o som, a atitude e a alma do indie rock. Cada uma à sua maneira deixou uma marca definitiva — seja reinventando o que já existia, seja abrindo novas possibilidades.
The Smiths - O coração literário do indie

Nos anos 80, enquanto o mainstream era tomado por sintetizadores e estética extravagante, os Smiths surgiram como uma contracorrente melancólica e literária. A guitarra de Johnny Marr criou uma estética única, melódica e emocional, enquanto Morrissey deu voz a uma juventude sensível, deslocada e irônica. Foram os grandes arquitetos do indie moderno, influenciando toda uma geração com discos como The Queen Is Dead.
Pixies - O grito esquisito que mudou tudo

Caóticos, barulhentos e brilhantes, os Pixies redefiniram a lógica da música alternativa no fim dos anos 80. A combinação de explosões punk com melodias pop, silêncios estratégicos e letras surreais virou uma fórmula seminal para o indie dos anos 90. O Nirvana bebeu diretamente dali, e Doolittle virou manual para qualquer banda que quisesse soar estranha e acessível ao mesmo tempo.
Pavement - A estética do desleixo genial

Nos anos 90, o indie virou estética, postura, filosofia. E o Pavement foi o retrato mais honesto disso. Letras fragmentadas, produção lo-fi, guitarras descompromissadas e aquele tom blasé que soava mais verdadeiro do que muita coisa ensaiada. Slanted and Enchanted é um marco da liberdade criativa do indie, com Stephen Malkmus no comando de um som que não queria agradar — e justamente por isso agradava.
Modest Mouse - O caos existencial do indie americano

Surgidos no final dos anos 90, o Modest Mouse levou o indie rock americano para caminhos tortos, introspectivos e poéticos. Com riffs angulosos, letras existenciais e arranjos inventivos, a banda de Isaac Brock foi a ponte entre o underground e o sucesso mainstream sem perder a estranheza. The Moon & Antarctica é um dos discos mais ambiciosos e belos da virada dos anos 2000.
Arcade Fire - O épico que virou hino geracional

Misturando o épico e o emocional, os canadenses do Arcade Fire trouxeram densidade artística e existencial para o indie dos anos 2000. Funeral, o disco de estreia, é uma ode à perda, à juventude e à esperança, tudo envolto em arranjos grandiosos e catárticos. Foram fundamentais para mostrar que o indie podia ser sofisticado, orquestral e profundamente humano — sem perder a alma alternativa.
Interpol - A elegância sombria do renascimento pós-punk

No início dos anos 2000, o Interpol trouxe de volta o pós-punk com elegância sombria e precisão minimalista. Turn On the Bright Lights virou um marco: guitarras secas, vocais graves e uma atmosfera densa que bebia de Joy Division, mas soava atual, urbana e moderna. Eles ajudaram a moldar a estética do indie da época, influenciando toda uma leva de bandas que vieram depois.
Franz Ferdinand - O rock dançante da era indie

Misturando art rock e groove dançante, o Franz Ferdinand incendiou as pistas alternativas com Take Me Out e transformou o indie em festa. Guitarras afiadas, refrões pegajosos e atitude cool fizeram da banda escocesa uma referência imediata na onda do indie rock dos anos 2000. Eles provaram que dá pra ser cerebral e dançante ao mesmo tempo — e marcaram época fazendo isso.
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