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Foto do escritorTiago Meneses

50 Álbuns que completam 50 Anos em 2024: Parte 1

Atualizado: 8 de jun.

A primeira parte sobre 50 discos que estão fazendo 50 anos em 2024

Imagem: Montagem


Em 1974, o mundo da música vivia um período de efervescência criativa, com artistas e bandas de diferentes gêneros lançando álbuns que viriam a se tornar clássicos. Meio século depois, em 2024, é hora de celebrar 50 discos que marcaram aquela épocas. De várias vertentes do rock ao funk, do jazz ao soul, passando pelo folk, música eletrônica, mpb, bossa nova e samba, além da música psicodélica e o reggae, esses álbuns não apenas definiram o som de uma geração, mas também influenciaram e continuam influenciando incontáveis músicos e bandas ao longo dos anos. Nas próximas 5 semanas, lembrarei 10 discos que certamente possuem cadeiras cativas na história da música.

 

 Court and Spark

Joni Mitchel


Um dos maiores feitos de Joni Mitchel é puro romance e doçura do começo ao fim, onde a sua sonoridade combina perfeitamente folk, soft rock e toques sutis de jazz. Cada faixa do álbum é uma delicada exploração emocional, preenchida por melodias profundas com a poesia característica das letras de Joni. O álbum captura uma sensação de intimidade e calor, levando carinhosamente o ouvinte para um mundo onde cada nota parece um afago suave no coração.

 

Pretzel Logic

Steely Dan


Steely Dan é sinônimo de música sofisticada e de muito requinte. Pretzel Logic é uma obra coesa e melodiosa, repleta de nuances lúdicas e um equilíbrio notável. Cada faixa é como uma peça de um quebra-cabeça sonoro meticulosamente elaborado, onde o rock, o jazz e o pop se entrelaçam de forma magistral. A produção também é incrível e garante que cada detalhe seja polido até a perfeição, resultando em um álbum que exala qualidade e originalidade em cada compasso.



 

Burn

Deep Purple


Burn marca um ponto crucial na história da banda, evidenciando sua habilidade em se reinventar após mudanças significativas na formação. O disco é arrebatador, sagaz e sem dúvida um dos melhores de todo o catálogo do Purple. A voz poderosa de Coverdale e o talento versátil de Hughes agregaram novas dimensões ao som característico do grupo. Enquanto que a combinação de riffs explosivos de guitarra, teclados hipnotizantes e uma seção rítmica imponente elevam o som do álbum em intensidade e virtuosismo.

 

Cartola

Cartola


No seu álbum homônimo, Cartola, em menos de 30 minutos, manifesta-se de forma brilhante em todas as suas facetas, com cada uma entregando um aspecto apaixonante da sua personalidade, que por sua vez, é transmitido por meio de músicas que tocam a alma e acariciam o coração. Cartola se revela como um mestre da musicalidade brasileira, com sua voz suave e marcante guiando-nos por paisagens sonoras ricas em sentimentos e vivências. Cada faixa reflete a profundidade da alma do artista e sua habilidade única de transformar emoções em música.

 

Phases and Stages

Willie Nelson


Em Phases and Stages, Willie Nelson demonstra toda a sua capacidade de envolver o ouvinte, independentemente de suas próprias experiências ou origens. Cada faixa é uma janela para um mundo rico e vibrante, pintado com as cores da autenticidade e emoção genuína. O disco é caracterizado por seu estilo country tradicional com influências de música folk e honky-tonk. Suas canções são cheias de vida, explorando temas universais de amor, perda e redenção, tudo isso sempre com uma honestidade desarmante.

 

Cantar

Gal Costa


Cantar sem dúvida alguma é um dos maiores feitos de Gal Costa, sendo um exemplo claro da fusão de estilos que muitas vezes podem ser encontrados na MPB. Elementos de samba, bossa nova, funk, jazz e pop são combinados de maneira harmoniosa. Os arranjos, cuidadosamente compostos por nomes como João Donato e Gilberto Gil, são fundamentais para a sonoridade do álbum. Eles conseguem equilibrar a simplicidade necessária para destacar a voz de Gal com a complexidade que enriquece cada uma das faixas.

 

Apostrophe (')

Frank Zappa


Apostrophe (') não é apenas um dos discos mais conhecidos de Zappa, mas um dos álbuns mais palatáveis de sua vasta discografia e que serve como um bom ponto de partida pra quem não quer entrar de cabeça em seu som. De qualquer forma, o Zappa característico também está aqui, sendo mais um clássico exemplo da genialidade do músico em mesclar diferentes estilos musicais, como rock, jazz, blues e música clássica, além de entregar letras satíricas e humorísticas. Apostrophe (') é um – entre tantos - dos discos de Zappa que o coloca em um lugar de figura icônica na história da música.

 

New Skin for the Old Ceremony

Leoanrd Cohen


Em 1974, Leonard Cohen já era um artista estabelecido com três álbuns muito bem recebidos. New Skin for the Old Ceremony marcou uma mudança significativa em sua abordagem musical, refletindo um desejo de experimentar arranjos mais elaborados e diversificados, sendo que essas mudanças foram vistas como um avanço significativo em sua carreira. Muitas das canções do álbum se tornaram clássicos no repertório dos shows de Cohen até o final de sua carreira, além de serem reinterpretadas por uma infinidade de outros artistas.



 

Rock Bottom

Robert Wyatt


Após um grave acidente em 1º de junho de 1973, quando caiu de uma janela durante uma festa e ficou paralisado da cintura para baixo, Wyatt, em meio sua recuperação, mergulhou na ideia de compor, utilizando a música como uma forma de terapia e expressão emocional. Esse período introspectivo resultou na criação das músicas que compõem Rock Bottom. O álbum é uma combinação de rock progressivo, jazz, música eletrônica e de vanguarda, onde suas peças entregam várias nuances e detalhes que recompensam repetidas audições, revelando assim, novas camadas a cada vez.

 

The Elements

Joe Henderson featuring Alice Coltrane


The Elements é notável por sua abordagem inovadora e experimental, combinando elementos de jazz com influências da música vanguardista e espiritual. Conhecido por sua versatilidade e técnica impecável, Henderson estava explorando novas direções musicais, incorporando influências do jazz modal e free jazz. Enquanto isso, Alice Coltrane, com sua harpa e piano, trouxe uma sensibilidade espiritual e cósmica ao álbum. O resultado? Um disco com a capacidade de transcender gêneros e criar uma experiência auditiva que é ao mesmo tempo pessoal e universal.



 

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