Cada obra é um convite para refletir sobre a condição humana e as complexidades de nossas existências
As últimas apresentações de quatro peças que ecoam vozes de resistência e luta acontecem essa semana, trazendo à tona narrativas fundamentais sobre identidade, memória e coletividade
Cada obra é um convite para refletir sobre a condição humana e as complexidades de nossas existências. Confira a seguir:
Exílio: notas de um mal-estar que não passa traz a potente transcrição da poética de Abdias Nascimento, em diálogo com Augusto Boal. Com seis performers negros em cena, o espetáculo não apenas revive o passado, mas também o torna palpável e presente, convidando o público a atravessar o tapete da memória, onde cada ação ressoa em múltiplas dimensões temporais e espaciais. É um chamado à consciência sobre o legado do exílio e suas reverberações na vida contemporânea.
SERVIÇO
Data: 18 de outubro a 10 de novembro, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 18h
Atenção: no dia 27 de outubro não haverá espetáculo e, no dia 8 de novembro, haverá uma sessão às 15h e outra às 20h
Local: Sesc 14 Bis - Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista - São Paulo
Ingresso: R$60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e 18 (credencial plena) | Ingressos disponíveis nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo, pelo aplicativo Credencial Sesc ou pelo site centralrelacionamento.sescsp.org.br
Tel: (11) 3016-7700
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos
A Bailarina Fantasma, por sua vez, é uma peça- instalação que desafia o olhar sobre a arte e a corporeidade feminina. Inspirada na escultura de Degas e nos relatos de Verônica Santos, a obra questiona as violências enfrentadas por bailarinas negras, revelando um corpo marcado por experiências de apagamento e resistência. A dramaturgia de Dione Carlos propõe uma interação visceral entre performer e público, onde um plano de vingança é ritualizado em um espaço imersivo, desafiando as normas tradicionais do teatro.
SERVIÇO
Data: 17 a 31 de outubro de 2024, às quartas e quintas, às 20h30, e, de sexta a domingo, às 18h e às 20h30.
No dia 31 também haverá sessão dupla às 18h e às 20h30.
Local: CCSP - Centro Cultural São Paulo | Espaço Cênico Ademar Guerra | Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso – São Paulo – SP
Ingresso: Gratuito
Duração: 75 minutos
Classificação: 18 anos
Acessibilidade: Todas as sessões contarão com acessibilidade em Libras – Língua Brasileira de Sinais.
Em Magnólia, a narrativa se expande para o cosmos, onde uma deusa astronauta é convidada a experimentar a humanidade em sua forma mais crua. Inspirada na música de Jorge Ben Jor, a obra retrata a jornada de transformação de uma deusa em mulher negra, explorando prazeres e desafios que permeiam essa vivência. A peça é um hino à diversidade e à força das identidades que se entrelaçam.
Serviço
Data: 17 de outubro a 3 de novembro, de quinta a sábado, às 20h e domingo às 19h.
Local: Itaú Cultural / Sala Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 - Bela Vista, São Paulo - SP Lugares: 224 | Classificação: 16 anos | Duração: 90 minutos
Espetáculo acessível em Libras
Entrada gratuita. Reservas de ingressos na quarta-feira da semana anterior à apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br
Por fim, A Última Ceia nos propõe uma reflexão crua sobre a finitude e a coletividade. Em um ambiente íntimo, um grupo de pessoas se despede de sua existência. A partir de uma releitura da narrativa bíblica, a peça aborda a ideia de morte e ressurreição à luz das vivências de seus integrantes, desafiando a ideia de que estamos sozinhos em nossos sofrimentos. Quem conta as histórias dos que não podem mais falar? Essa é a pergunta que nos inquieta.
SERVIÇO
De 17 de outubro a 3 de novembro
Quinta a sábado, às 20h e domingos, às 19h
Local: Casa do Povo - Rua Três Rios, 252, 1º andar, Bom Retiro, São Paulo, SP
Ingressos: R$ 20 (ingresso social)
Classificação: Livre | Duração: 100 minutos
As apresentações são convites a diálogos urgentes sobre nossa sociedade e os desafios enfrentados por aquelas pessoas que muitas vezes permanecem à margem. Não perca a oportunidade de vivenciar estas obras que reverberam a luta, a arte e a resistência. As últimas apresentações estão se aproximando, não perca!
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