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10 discos internacionais icônicos dos anos 80 que merecem ser revisitados

Foto do escritor: alexandre.tiago209alexandre.tiago209

Atualizado: 6 de fev.


Bem-vindos aos anos 80!

Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

A década de 80 foi um dos períodos mais revolucionários da história da música. Com a ascensão da MTV, a globalização da indústria fonográfica e a diversidade de estilos, essa era transformou artistas em ídolos mundiais e moldou a cultura pop como a conhecemos hoje.

 

O impacto da MTV, lançada em 1981 nos Estados Unidos, foi um divisor de águas. A força dos videoclipes elevou não apenas o som, mas também a imagem dos artistas. Hits como Thriller (Michael Jackson), Like a Virgin (Madonna) e Money for Nothing (Dire Straits) consolidaram o videoclipe como uma ferramenta essencial para o sucesso na indústria musical.

 

Os anos 1980 foram uma explosão de diversidade sonora. Gêneros como o pop, a new wave, o rock, o hip-hop, o reggae e a world music conviveram e conquistaram audiências globais. O período também viu o crescimento de bandas e artistas que exploraram novas sonoridades, misturando influências e criando estilos inovadores.

 

Com isso em mente, o site Teoria Cultural selecionou, através dessa curadoria, 10 discos internacionais icônicos dos anos 1980 que merecem ser revisitados.


Confira a lista!


  1. Hunting High and Low (1985) – A-ha


Contexto histórico: Em meio ao boom do synth-pop e da New Wave nos anos 1980, o A-ha surgiu da Noruega para conquistar o mundo. O grupo apostou na fusão do pop eletrônico com melodias emotivas e se tornou um dos grandes nomes da década.


Sonoridade: O álbum mescla sintetizadores etéreos, linhas de baixo envolventes e a voz inconfundível de Morten Harket, que transita entre tons suaves e agudos impressionantes.

 

Impacto: O hit "Take On Me" impulsionou a banda globalmente, em grande parte graças ao seu icônico videoclipe em animação rotoscópica. O disco consolidou o A-ha como um dos maiores nomes do pop escandinavo e continua influenciando o synth-pop atual.


 

  1. Diamond Life (1984) - Sade


Contexto histórico: No auge do pop vibrante e do R&B enérgico, a banda britânica Sade trouxe uma abordagem sofisticada e intimista, misturando soul, jazz e pop, criando um estilo único e atemporal.

 

Sonoridade: O álbum se destaca pelo som elegante e relaxante, com a voz aveludada da cantora nigeriana Sade Adu à frente. Arranjos envolventes de saxofone, linhas de baixo marcantes e percussão minimalista criam uma atmosfera sofisticada e envolvente.

 

Impacto: Hits como "Smooth Operator" e "Your Love Is King" transformaram Sade em um fenômeno global. Diamond Life redefiniu os limites entre o pop e o R&B, influenciando gerações de artistas do neo-soul e chillout, além de abrir caminho para nomes como Beyoncé, Mariah Carey, Alicia Keys e Leona Lewis.


 



  1. Doble Vida (1988) – Soda Stereo


Contexto histórico: O rock en español ganhava força, e o Soda Stereo inovou ao gravar o álbum em Nova York sob a produção de Carlos Alomar, renomado colaborador de David Bowie.

 

Sonoridade: Mais refinado e dançante que os trabalhos anteriores, o disco mescla rock alternativo, new wave e grooves funky, resultando em uma sonoridade moderna e envolvente.

 

Impacto: Doble Vida elevou o patamar do rock latino-americano, atingindo um nível de produção comparável ao das grandes bandas internacionais. Faixas icônicas como "Lo Que Sangra (La Cúpula)" e "En La Ciudad de la Furia" se tornaram hinos do gênero, consolidando o Soda Stereo e seu vocalista Gustavo Cerati como referências absolutas do rock argentino.


 

  1. Gipsy Kings (1987) – Gipsy Kings


Contexto histórico: A banda franco-espanhola trouxe o flamenco pop para a cena global, misturando a tradição cigana com influências contemporâneas do pop e da música latina.


Sonoridade: Violões frenéticos, palmas ritmadas e vocais apaixonadas criam uma fusão vibrante entre o flamenco tradicional e a música pop.

 

Impacto: Canções como Bamboleo e Djobi Djoba transformaram o Gipsy Kings em um fenômeno internacional. Seu estilo único abriu portas para a world music no mainstream e influenciou artistas da música ao redor do mundo, em especial, na latina e na flamenca.


 

  1. Crimes of Passion (1980) – Pat Benatar


Contexto histórico: No início dos anos 1980, o rock ainda era dominado por homens, e Pat Benatar se destacou como uma das primeiras mulheres a conquistar um grande espaço no gênero musical dentro da década.

 

Sonoridade: O álbum mescla riffs pesados de guitarra, sintetizadores discretos, letras impactantes e os vocais poderosos de Benatar, equilibrando com maestria o hard rock e o pop rock.

 

Impacto: "Hit Me with Your Best Shot" se tornou um hino do rock feminino e consolidou Benatar como uma das vozes mais influentes. O seu legado ressoa até hoje em artistas como Pink, Avril Lavigne, Lana Del Rey, Dolores O’Riordan e St. Vincent, que incorporaram sua força e atitude em diferentes estilos musicais.


 

  1. King of Rock (1985) – Run-DMC

 


Contexto histórico: O hip-hop estava deixando de ser um movimento underground para se tornar um fenômeno global, e o Run-DMC foi um dos grupos responsáveis por essa transição.

 

Sonoridade: Bases eletrônicas agressivas, rimas afiadas e guitarras distorcidas marcam o som inovador do disco, que misturou rock e rap de forma pioneira.

 

Impacto: Com faixas como "King of Rock", o álbum ajudou a definir o rap como um gênero dominante e abriu caminho para a fusão entre rock e hip-hop, algo que seria explorado nos anos seguintes por grupos como Beastie Boys, Planet Hemp, Charlie Brown Jr. e Rage Against the Machine.


 

  1. "Mama Africa" (1983) – Peter Tosh


Contexto histórico: Em meio ao declínio comercial do reggae após a morte de Bob Marley, Peter Tosh manteve viva a chama do reggae político e ativista.

 

Sonoridade: Misturando reggae roots com influências africanas e jazz, o álbum traz arranjos sofisticados e letras de cunho social e político.

 

Impacto: "Mama Africa" reforçou Tosh como um dos principais porta-vozes do reggae militante, influenciando o reggae moderno e o movimento rastafári globalmente. Uma das músicas que mais fez sucesso do disco é a regravação da música "Johnny B. Goode" de Chuck Berry.


  1. Electric Youth (1989) – Debbie Gibson


Contexto histórico: No final dos anos 1980, o pop adolescente estava em alta, e a estadunidense Debbie Gibson se destacou como uma das maiores cantoras-compositoras da época.

 

Sonoridade: Pop sintetizado, melodias dançantes e letras voltadas para o público jovem marcam o álbum.

 

Impacto: O hit “Lost in Your Eyes” levou o disco ao topo das paradas e ajudou a consolidar o pop como um fenômeno de massa, preparando o terreno para artistas como Britney Spears, Lady Gaga, Miley Cyrus e Christina Aguilera.


 9. Xenophobia (Why?) (1988) – v.Spy v.Spy


Contexto: A banda australiana abordava temas sociais e políticos em meio às tensões da Guerra Fria e do apartheid.

 

Sonoridade: Pós-punk energético com guitarras marcantes e letras engajadas.

 

Impacto: O disco “Xenophobia (Why?)” se tornou um hino contra a intolerância racial e política, sendo um dos discos mais politizados da cena australiana e mundial. A faixa “Clarity of Mind” marcou a música alternativa.


 

  1. Whenever You Need Somebody (1987) – Rick Astley


Contexto histórico: Com a ascensão do pop dançante e das produções da Stock Aitken Waterman, o britânico Rick Astley despontou como um dos grandes astros do final dos anos 1980.

 

Sonoridade: Synthpop envolvente, batidas contagiantes e vocais poderosas.

 

Impacto: "Never Gonna Give You Up" se tornou um dos maiores sucessos da década, conquistando as paradas globais. Anos depois, a música ganhou nova vida como um fenômeno da internet, popularizando o meme do “Rickrolling” e consolidando Astley como um ícone do pop oitentista.


Esses discos marcaram os anos 1980 e continuam influentes na música atual. Qual deles você já ouviu ou pretende conhecer?



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